A rodar XLVI

O jantar já foi, ainda falta a sobremesa, mas esta noite a conversa está tão boa que vamos animar a coisa com um álbum especial.



Este um daqueles álbuns que parece ter ficado na sombra de outros, neste caso falo do Bitches Brew... A linguagem é semelhante, mas estes Músicos merecem todos os holofotes e mais alguns, em alguns momentos não sei se não deveriam mesmo passar para a dianteira.


Não é habitual, mas não se tem falado de vinho por aqui... Hoje abrimos uma garrafita de tinto de Vila Real, a adega da cidade tem feito um bom trabalho e os seus vinhos merecem o espaço que ocupam - não são trabalhados para ser "macios", são generosos na fruta (uva!), no nariz são agradáveis e o álcool não é a primeira nota. Madeiras e frutas secas aparecem de forma natural, os taninos estão dominados (creio que entrou mais do que a fruta para aqui).

Ficam as sugestões, álbum e vinho.

Alexandre Vieira escreveu:

TD124 escreveu:

... Pelo momento as obras da Björk foram sempre directo até bom ou Bestial sém passar por Mau/Bestas ...

Verdade, mas foi muito mal recebida pelo público..

Apòs o potentissimo Vulnicura, este Utopia pode pareçer "leve". As obras luminosas pareçem menos profundas do que as sombrias. O album Vespertine em relação ao Homogenic jà tinha mostrado que o publico prefere a Bjork tumultuosa, épica e desencantada, eu também, mas dizer que o Utopia foi mal recebido pelo publico é exagerado. Ela vendeu menos que o anterior album de certeza, mas muito em relação a outros artistas ... a rapariga não vai ficar pobre podes crer  

Boa noite,

Muita música boa nesta última página. Não é normal conhecer tantos álbuns por vocês partilados. No entanto, ainda não foi desta que reconheço todos.

Amanhã vou espreitar um dos desconhecidos, pois despertou interesse.

Tankado escreveu:

... Não é normal conhecer tantos álbuns por vocês partilados. No entanto, ainda não foi desta que reconheço todos. ...

Não se preocupe amigo Tankado, nesta mesma pagina não reconheço 11 albuns e acho isso perfeitamente normal ...

anibalpmm escreveu:

Sonny Stitt, foi um ilustre desconhecido, em Portugal, que chegou ao Pavilhão do Dramático de Cascais, logo na primeira edição do Cascais Jazz e, aqui o vosso amigo, ainda em tenra idade e às escondidas das autoridades da época, nomeadamente a PIDE, estava presente.


Não tinha ainda o ar punk (nunca teve) ilustrado na inconfidência do Alexandre Vieira, algumas respostas acima   , mas ficou-me, gravada na memória, a performance deste sax-tenor norte americano, de tal forma que logo, logo, partiu o mealheiro e lá fui comprar este à não menos saudosa Valentim de Carvalho


ainda por cima com outro monstro - Oscar Peterson que viria à segunda edição, no ano seguinte (1972).

Este post do Aníbal, fez-me levantar o "cuzinho" da cadeira e ir buscar esta edição (já um pouco picada) e ouvi-la.

Obrigado Aníbal por trazeres estas recordações

Um album bem opaco neste momento actual vém mesmo a calhar. O texto do The Carpet Crawlers apareçe bem giro e ganha "quase" sentido no instante presente. Roda um clàssico do progressivo complétamente alucinado...

Apòs os Genesis vão os KIng ... não é nostalgia, é que me chateio severamente e sinstramente. Ouvir discos que escuto raramente dà-me a impressão de fazer algo de novo, é uma novidade. Enquanto espero pelo Epitaph escrevo estas linhas e vou abrir uma bejeca...

Goansipife escreveu:

anibalpmm escreveu:

Sonny Stitt, foi um ilustre desconhecido, em Portugal, que chegou ao Pavilhão do Dramático de Cascais, logo na primeira edição do Cascais Jazz e, aqui o vosso amigo, ainda em tenra idade e às escondidas das autoridades da época, nomeadamente a PIDE, estava presente.

Não tinha ainda o ar punk (nunca teve) ilustrado na inconfidência do Alexandre Vieira, algumas respostas acima   , mas ficou-me, gravada na memória, a performance deste sax-tenor norte americano, de tal forma que logo, logo, partiu o mealheiro e lá fui comprar este à não menos saudosa Valentim de Carvalho

ainda por cima com outro monstro - Oscar Peterson que viria à segunda edição, no ano seguinte (1972).

Este post do Aníbal, fez-me levantar o "cuzinho" da cadeira e ir buscar esta edição (já um pouco picada) e ouvi-la.

Obrigado Aníbal por trazeres estas recordações

TD124 escreveu:

Apòs os Genesis vão os KIng ... não é nostalgia, é que me chateio severamente e sinstramente. Ouvir discos que escuto raramente dà-me a impressão de fazer algo de novo, é uma novidade. Enquanto espero pelo Epitaph escrevo estas linhas e vou abrir uma bejeca...

Os Crimson com a bejeca podem aumentar as alucinações, mas se depois ouvir o Cat Food, dos mesmos, é certo

Já rodava por aqui, faz muito, mesmo muito tempo.

Chegado a casa olhei para os equipamentos e liguei-os... Não lhes toquei mais e agora, quase duas horas depois, pensei "eles devem estar quentinhos".
Não, eles não aquecem muito, mas "respiram" melhor depois de alguns minutos ligados, tal facto leva-me sempre a evitar ouvir álbuns que quero muito em primeiro lugar - manias!

Como já estava tudo pronto e o Alexandre partilhou um álbum que não rodava faz algum tempo, eu seguirei a mesma linha:

Loosers - Hot Jesus...

Este estava esquecido, porque gosto dele e das memórias que ele carrega. No Porto era comum cruzar-me com esta malta e multiplos projectos, concertos ao Domingo de tarde numa cave... Agora tocam na nossa sala.

Depois de um, outro...

O movimento de Rock "Psicadélico" em Portugal está vivo, há bandas a lançar os seus trabalhos, mas pouco se fala... Os Loosers são um caso, Solar Corona (Barcelos) são outro.

As duas bandas são bem distintas e no caso dos Solar Corona a linguagem Rock domina, mesmo com a presença do Saxofonista Julius Gabriel (um Alemão que chegou e ficou pelo Porto) a ajudar a carregar ainda mais num pedal que vai fundo.



Os dois álbuns foram editados pela Lovers & Lollypops, editora Portuguesa que vale a pena seguir.

José Miguel escreveu:

Os dois álbuns foram editados pela Lovers & Lollypops, editora Portuguesa que vale a pena seguir.

Boa partilha

Boa noite,

Por aqui roda agora um album que gosto muito de stoner Alemão, dos Kosmodrom, o Gravitationsnarkose.
Neste caso, tenho a versão em vinil translucido azul, do qual fizeram 100 copias numeradas se bem me recordo.

Não sei se têm alguma diferença sonora relativamente ao preto, mas gosto bastante como soa, comprei esta versão porque não tinha nenhum translucido e é bonito  
Também gosto da capa e acho-a bastante interessante, pelo que deixo aqui duas fotografias.

Quem gostar do género e apenas instrumental, para começar, não vou sugerir nenhuma musica mas sim que dêm uma oportunidadeao disco.





Cumprimentos,
Rafael Silva

Foo Fighters (2011, reissue by Roswell Records, US)

BVG escreveu:

Foo Fighters (2011, reissue by Roswell Records, US)

Como eu gosto deste disco!

Bom, este vai ser o ultimo antes de ir dormir.
Despensa grandes apresentações...

Them Crooked Vultures (2009, RCA, EU)

O meu obrigado aos amigos Anibal e Gonçalo pela chamada de atenção para o 1º Cascais Jazz Festival de boa memória.
" Invejo" o Gonçalo por ter estado presente naquele dia e ter assistido ao " desplante" do Charlie Haden que ficou para a história até porque se encontrou na prisão com o Carlos Paredes e...já todos sabem o resto da história....
Nessa altura trabalhava longe de Lisboa e não estive presente, contudo, tenho uma fita com a gravação dos dois espectáculos de 1972 e três anos mais tarde tive o previlégio de assistir a uma sessão do Cascais Jazz no refeitório da Standard Electrica...

...e como esse cartaz ficava bem na minha colecção !!!!
...Ou antes...Como a minha colecção ficava bem junto desse cartaz num local onde pudesse ser apreciado pelo público ...

Um abraço aos dois e uma boa Páscoa para todos.

Shallow Grave, The Tallest Man on Earth (2011, gra028 - reissue by Gravitation, Sweden)

Bom dia a todos,

Para começar o dia, escolhi este:

Ghost4u escreveu:

... Dos discos dele, esse é o que roda mais no Auditório Fantasma; no entanto, tenho dificuldade em afirmar qual o álbum que prefiro da sua discografia.

Por sua vez, dessa individualidade, «No self control» é o tema preferido da nossa Princesa primogénita, enquanto que «Biko» é o eleito da Princesa benjamim. «Solsbury hill», do primeiro álbum (1977), constitui a preferência da minha Rainha. Os dois temas preferidos por este escriba, fazem parte de outros álbuns. ...

Sempre gostei do Gabriel, no entanto penso que sozinho ele nunca fez um album "de referência" e prefiro ver o conjunto da sua carreira mais do que uma obra isolada. Talvez pelo que digo, o meu album preferido é o Plays Live ... e a faixa preferida continua a ser San Jacinto!...

PIXIES - INDIE CINDY

Este é um disco excelente dos PIXIES, que foi marginalizado.

Roda aqui em alta intensidade, porque seu eu não "drumo" mais ninguém está autorizado a "dromir"

Tankado escreveu:

... Para começar o dia, escolhi este:

Não conhecia, fui espreitar ... uma ritmica crua um pouco blues e excelentes textos e voz. Gostei !!!...

Um álbum muito acima da média.

Coerente, harmonioso, quente, relaxante e em alguns temas inquietante. Raramente a PoP é tão respeitada, a melodia e o "tempus" são respeitados, a métrica é perfeita e música quase que se ouve através da osmose. Parece que já nos pertence antes de a ouvirmos pela primeira vez.

O álbum Black Light da Groove Armada é uma enorme surpresa desta banda. Eu não consigo gostar de mais nada na discografia desta banda, no entanto este disco, que combina sintetizadores dos anos 80 com tecnologia do século XXI é um deleite. Com uma som um som pop electrónico muito bem conseguido, temas bem estruturados e com uma lista de convidados que inclui Bryan Ferry.


Vale a pena a sua escuta.

TD124 escreveu:

Tankado escreveu:

... Para começar o dia, escolhi este:
...

Não conhecia, fui espreitar ... uma ritmica crua um pouco blues e excelentes textos e voz. Gostei !!!...

Fico contente, é bom não só descobrir coisas com as vossa partilhas, mas ás vezes também retribuir.
Deu um concerto aqui em Leiria em 2018, gostava de o ido, mas a ultima da hora tornou-se impossível ir.
Não faço ideia como será o espectáculo ao vivo, apesar de gostar, também nunca procurei saber através do youtube.


De momento estou a ouvir o Stained Class dos Judas Priest, apetecia-me ouvir a balada do disco que considero excelente (Beyond the Realms of Death).

É a primeira vez que estou a ouvir o disco com este amplificador, vai no inicio, "Better by you Better than me" também um clássico da banda, excelente

Tankado escreveu:

Além de sólido, o móvel ficou catita.

TD124 escreveu:

(...) a faixa preferida continua a ser San Jacinto!...

O resto de tarde musical vai ser:

Carmem Bizet
Triplo Cd





É qualquer coisa!

Alexandre Vieira escreveu:

O resto de tarde musical vai ser:
Carmem Bizet
Triplo Cd

Ontem, dei ouvidos a esse magnífico registo em LP.

Brothers, The Black Keys (2010, V2, EU)

Estou a gostar de acompanhar estes últimos dias de partilhas!

Por aqui, enquanto se espera o jantar vamos dar uso ao Lenco e fazer rodar um EP de que gostamos bastante.


Canções gravadas em quartos de hotel, digressão pelos Estados Unidos. Voz e guitarra, simples e eficaz!

The Chemical Brothers - Surrender





Surrender features guest vocalists Noel Gallagher (Oasis), Hope Sandoval (Mazzy Star), Bernard Sumner (New Order) and Jonathan Donahue (Mercury Rev).

The album is more experimental than previous efforts. 'Let Forever Be' is a clear tribute to The Beatles' 'Tomorrow Never Knows'. "Out Of Control" is house influenced, and the breakout single "Hey Boy Hey Girl" has a rave sound.

Of 'The Sunshine Underground', Tom Rowlands said: "I think the title came from those psychedelic poster books. We wanted it to sound like a live band finding its feet. It was influenced by a live version of 'Angel Sigh' on Spiritualized's Fucked Up Inside. It went through a lot of versions and this one's a composite of a lot of different takes. I love the mad bit in the middle when it goes into hyperspace and turns into this huge, gurning monster."

Many of the artists that the duo worked with on this album, they would work with again. The duo were quick to work again with Bobby Gillespie, who appears on the third track and third single "Out of Control": they remixed Gillespie's Primal Scream song "Swstk Ys" (as it was titled on the 1999 single release), which later appeared on the band's 2000 album Xtrmntr.

Alexandre Vieira escreveu:

The Chemical Brothers - Surrender





Surrender features guest vocalists Noel Gallagher (Oasis), Hope Sandoval (Mazzy Star), Bernard Sumner (New Order) and Jonathan Donahue (Mercury Rev).

The album is more experimental than previous efforts. 'Let Forever Be' is a clear tribute to The Beatles' 'Tomorrow Never Knows'. "Out Of Control" is house influenced, and the breakout single "Hey Boy Hey Girl" has a rave sound.

Of 'The Sunshine Underground', Tom Rowlands said: "I think the title came from those psychedelic poster books. We wanted it to sound like a live band finding its feet. It was influenced by a live version of 'Angel Sigh' on Spiritualized's Fucked Up Inside. It went through a lot of versions and this one's a composite of a lot of different takes. I love the mad bit in the middle when it goes into hyperspace and turns into this huge, gurning monster."

Many of the artists that the duo worked with on this album, they would work with again. The duo were quick to work again with Bobby Gillespie, who appears on the third track and third single "Out of Control": they remixed Gillespie's Primal Scream song "Swstk Ys" (as it was titled on the 1999 single release), which later appeared on the band's 2000 album Xtrmntr. ...

Afinal, porque razão faço um esforço para escrever em português afrancesado quando os outros fazém copier/coller em inglês  

E isto da parte de um administrador

Ghost4u escreveu:

Tankado escreveu:

Além de sólido, o móvel ficou catita.

Obrigado, eu gosto muito do móvel e não minha opinião está mais bonito ao vivo.
Quero adicionar uma base no gira discos, seria projecto a começar este fim de semana, não fosse a situação actual. Mas não faz mal, a seu tempo...

Acabou mesmo agora de entrar no prato, para mim o melhor disco do Pedro Abrunhosa, prenda de natal da minha maninha

Aqui vai uma pequena amostra, de um pedacinho que gosto bastante.
Gravado com o telémovel, como deve ser possível de perceber.


Escusam de enviar mensagens privadas, não, não vendo dos meus suportes de coluna.

Tankado escreveu:

Escusam de enviar mensagens privadas, não, não vendo dos meus suportes de coluna.

Possa, tiraste-nos o pão da boca... E já tinha manteiga.

Fur and Gold, Bat For Lashes (2009, reissue by Manimal Vinyl Records, US)

Como se ouve a música por cá

Auditório acolhedor!

É uma bela imagem, a sala está muito bem!

Parabéns pelo espaço.

Ghost4u escreveu:

(Edisco, EDL 18.020)

Esta também é uma bela imagem, faz algum tempo que esse "menino" não se fazia presente.

José Miguel escreveu:

(...) faz algum tempo que esse "menino" não se fazia presente.

Menino   Apesar, dos direitos de autor pertencerem a Luciana Silva, a designação correcta é fogão.

Ghost4u escreveu:

Menino   Apesar, dos direitos de autor pertencerem a Luciana Silva, a designação correcta é fogão.

Ghost4u escreveu:

José Miguel escreveu:

(...) faz algum tempo que esse "menino" não se fazia presente.

Menino   Apesar, dos direitos de autor pertencerem a Luciana Silva, a designação correcta é fogão.

Ela diz, carinhosamente, que parecem... Mas sabe, ela e o estimado "fantasminha", que deste lado vive um que não parece menos.

E quem não gosta de um belo "fogão"!?!

Abbey Road, The Beatles (2006, reissue by Apple Records, US)