Valtari talvez seja o álbum menos querido dos Sigur Rós para a crítica, mas aqui em casa é um sucesso. A largura e profundidade que a base instrumental criam serve maravilhosamente a voz... as imagens são arrebatadoras, puxam a mente para a introspecção, como se nos convidassem a entrar numa enorme planice de largo horizonte, onde sombras se movem e erguem ao ritmo que o tempo tem quando nos encontramos sem amarras.
Gosto de todos os discos desses Argelinos!
Até o álbum a solo do vocalista que é excelente!
Edição: Fui pesquisar e afinal são tunisinos! Peço desculpa pela "gralha".
Alexandre ... é conhecido que o Valhala é o paraiso dos tunisinos e não dos argelinos, como podes confundir essas duas culturas? O Valhala é povoado de camelos e nomadas que atravessam quotidianamente o deserto de Tataouine (sim o do Star Wars) em direção do Sahara argelino que é fronteiriço ... tal é a paisagem do Valhala dos Sigur Ros, mas tunisino evidentemente ou cartaginense consoante a época
Mais a sério ... os Sigur Ros foram um dos grupos de post-rock que mais me tocou no inicio deste século. O album sém nome mas perfeitamente nomeado "(), entre parenteses" continua a ser para mim um modelo de musica conceptual e isto no sentido mais largo que se possa dar a esse termo! Passei horas e horas a escutar esse album apòs ingestão de alguns comprimidos , ainda o faço de vez em quando com o mesmo prazer, é uma obra unica, perturbante, fora do tempo. Se fizer excepção do seminal Ágætis byrjun e do live Inni que é o () disfarçado ... admito que nada de outro na discografia desses tunisinos me toca, na verdade, mesmo estes ultimos albums tocam-me muito menos que o primeiro supracitado. Lembro-me de uma discussão com a Sophie Trudeau que é a violonista dos GY!BE, SMZ e Esmerine e que me dizia que a musica dos Sigur Ros é pretenciosa e sém essência ... quém sabe se não é ela que tém razão!!!...
FELIZ ANO NOVO DE 2021 A TODOS
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 02 2021, 14:20
De manhã saí para pedalar, a quadra festiva leva-me sempre a excessos... o sol estava lindo, mas o frio vinha com o movimento e eu, artista sem luvas, mal vi uma imagem catita representei o papel do mirone que tira fotografias... aqueci a observar. A fina névoa parecia deslocar-se de terra para mar, o Porto ao fundo aparecia como uma imagem desfocada, pensei em Noronha da Costa... nem sempre é necessária precisão para vermos e comunicarmos o mundo, ele não é sempre preciso.
O almoço vai dar lugar ao café, mas esse já pode ser tomado em frente das colunas e por isso, também pela experiência matinal, roda:
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 02 2021, 14:56
O ano de 2020 vai ficar na memória colectiva, para alguns de forma positiva, para a maioria como uma valente... dor. Não há apenas dor física, a que nos ocupa a outro nível pode ser bem mais destrutiva, felizmente também há muitas formas de lidar com ela.
Depois dos Wire são os Morphine que nos fazem companhia. Há nuvens no céu, mas há luz e uma imensa linha de horizonte que nos permite tanto.
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 02 2021, 15:06
O título Hydrogen Jukebox vem de um verso do poema Howl : '... escutando o estalo da desgraça na jukebox de hidrogênio ...' Isso significa um estado de alta tecnologia hipertrófica, um estado psicológico em que as pessoas estão no limite de sua entrada sensorial com a jukebox militar da civilização, um rugido industrial alto ou uma música que começa a sacudir os ossos e penetrar no sistema nervoso como uma bomba de hidrogênio.
Em Portugal o hidrogénio promete ser...(cala-te Alexandre!!!).
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 02 2021, 15:50
Alexandre Vieira escreveu:
O título Hydrogen Jukebox vem de um verso do poema Howl : '... escutando o estalo da desgraça na jukebox de hidrogênio ...' Isso significa um estado de alta tecnologia hipertrófica, um estado psicológico em que as pessoas estão no limite de sua entrada sensorial com a jukebox militar da civilização, um rugido industrial alto ou uma música que começa a sacudir os ossos e penetrar no sistema nervoso como uma bomba de hidrogênio.
Em Portugal o hidrogénio promete ser...(cala-te Alexandre!!!). (...)
O que se passa com o hidrogénio?
Não se passa pelas universidades apenas para dividir átomos em busca de bombas... fiquei curioso, pois até o poema trata bem o caso. As coisas não são nem boas nem más em si, são o que fazemos delas.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 02 2021, 16:24
José Miguel escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
O título Hydrogen Jukebox vem de um verso do poema Howl : '... escutando o estalo da desgraça na jukebox de hidrogênio ...' Isso significa um estado de alta tecnologia hipertrófica, um estado psicológico em que as pessoas estão no limite de sua entrada sensorial com a jukebox militar da civilização, um rugido industrial alto ou uma música que começa a sacudir os ossos e penetrar no sistema nervoso como uma bomba de hidrogênio.
Em Portugal o hidrogénio promete ser...(cala-te Alexandre!!!). (...)
O que se passa com o hidrogénio?
Não se passa pelas universidades apenas para dividir átomos em busca de bombas... fiquei curioso, pois até o poema trata bem o caso. As coisas não são nem boas nem más em si, são o que fazemos delas.
Não posso revelar está em "segredo de justiça"
Se não estiver ainda é mais preocupante!
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 02 2021, 16:43
Alexandre Vieira escreveu:
Não posso revelar está em "segredo de justiça"
Se não estiver ainda é mais preocupante!
Assim fico sem saber... há a guerrinha dos formatos no áudio, há as guerrinhas nas fontes de energia. É isso a que se refere?
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TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 02 2021, 16:54
Alexandre Vieira escreveu:
José Miguel escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
... um rugido industrial alto ou uma música que começa a sacudir os ossos e penetrar no sistema nervoso como uma bomba de hidrogênio.
Em Portugal o hidrogénio promete ser...(cala-te Alexandre!!!...
O que se passa com o hidrogénio?
Não se passa pelas universidades apenas para dividir átomos em busca de bombas...
Não posso revelar está em "segredo de justiça"
Penso que o Alexandre quiz dizer que em Portugal o hidrogénio promete ser verde ... ou ser a promessa de um futuro melhor, mais prospero ... ou é a promessa da explosão que vai arrasar Sines! Não sei o que ele quiz dizer e como ele disse bem, é "segredo de justiça"! Entretanto vou começar o ano a bombardear ... é o primeiro disco que escuto em casa em 2021 e a melhor maneira de passar de um ano para o outro é bombardear o ano acabado e 2020 até que mereçe desaparecer, mesmo das memorias. Os GY!BE fizeram uma espécie de requiem para a humanidade nesta obra ... algo de sufocante e sém esperança! Viva o Ano Novo de 2021!!!
Godspeed You Black Emperor_Yanqui UXO
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reirato Membro AAP
Mensagens : 3642 Data de inscrição : 08/11/2010 Idade : 80 Localização : Stª Maria de Belém, Lisboa
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 03 2021, 13:10
Vão escutar isto no youtube... se conseguirem!?... БM 26 04 2016 Бечала confinados e com pés quentinhos…
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 03 2021, 13:47
Um disco delicioso que faz-se acompanhar pelo um maravilhoso Moscatel.
Existem aqueles momento de contemplação em dizemos valeu a pena o esforço financeiro e todo o percurso efectuado até hoje. E esse é um deles. Tudo está na medida certa, que é como quem diz, na minha!
Para prolongar o prazer agora faço escutar o excelente disco de
Não é considerada a obra prima dele, mas tem temas excelentes!
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 03 2021, 18:39
Não sei exatamente onde se encaixam estes Cowboy Junkies de Open, diferentes dos temas que os celebrizaram sem dúvida, mas eu diria que eles merecem outra escuta.
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14344 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 03 2021, 18:48
Novamente, estamos diante do princípio de um novo ano. No decorrer dos últimos dez meses, todos experimentámos mudanças, mediante ajustes radicais que se tornaram necessários em nossas vidas.
Entretanto, neste espaço de tempo, enquanto que alguns se têm tornado solitários, por aqui, permanece o gosto de ouvir música. Dando utilidade ao leitor "Bolo-Rei", rodou «... all this time», de Sting, concerto dado na sua residência, localizada na Toscana, Itália, no fatídico 11 de Setembro de 2001.
(A&M Records, 493 169-9)
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Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14344 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 03 2021, 18:52
Alexandre Vieira escreveu:
Não sei exatamente onde se encaixam estes Cowboy Junkies de Open (...)
Se for vinilo, o orifício do disco encaixa no centro do prato. Se for CD, o encaixe é efectuado na gaveta do leitor.
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 03 2021, 19:07
Não se aquece a "alma" apenas com o lado leve da vida, há no peso da mensagem de alerta a indicação para a consciencialização, como se de um sinal se tratasse que nos diz que entre o eu e o nós o cruzamento é mesmo ali. O belo foi tantas vezes utilizado como sinal desse cruzamento, tantas vezes foi colocado perante os nossos olhos... e dizem que os olhos são o espelho da alma.
Pegar em Goodbye and Hello de Tim Buckley faz-me logo pensar que andamos algo distraídos, vivemos todos juntos, mas raramente nos lembramos que nos tocamos muito para lá dos instantes em que nos vemos. Dizem que o que os olhos não veêm o coração não sente; os olhos são algo tramado, ou será o coração que muitos apontam como casa da alma... ou será a alma que dizem ser o nosso espírito e consciência... preciso de um sinal.
As guerras que ocupavam o tempo e horizonte de Tim Buckley hoje são parte do passado, a forma de as pensar não. Vale a pena escutar, parar e pensar.
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 03 2021, 19:09
Colectivo de Animais num disco que não teve grande adesão, mas que por aqui passa amiúde. Temas divertidos e nada complicados, mas no registo que os Animais criaram, sonoridade única e inconfundível.
Um disco não recomendável a quem leia Nietzsche no oratório de uma qualquer paróquia.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 03 2021, 19:10
José Miguel escreveu:
Não se aquece a "alma" apenas com o lado leve da vida, há no peso da mensagem de alerta a indicação para a consciencialização, como se de um sinal se tratasse que nos diz que entre o eu e o nós o cruzamento é mesmo ali. O belo foi tantas vezes utilizado como sinal desse cruzamento, tantas vezes foi colocado perante os nossos olhos... e dizem que os olhos são o espelho da alma.
Pegar em Goodbye and Hello de Tim Buckley faz-me logo pensar que andamos algo distraídos, vivemos todos juntos, mas raramente nos lembramos que nos tocamos muito para lá dos instantes em que nos vemos. Dizem que o que os olhos não veêm o coração não sente; os olhos são algo tramado, ou será o coração que muitos apontam como casa da alma... ou será a alma que dizem ser o nosso espírito e consciência... preciso de um sinal.
As guerras que ocupavam o tempo e horizonte de Tim Buckley hoje são parte do passado, a forma de as pensar não. Vale a pena escutar, parar e pensar.
Desculpe-me José Miguel o meu atropelo ao seu Post, mas agora com o novo sistema revolucionário cá em cada, é um a seguir ao outro, nem tenho tempo de os arrumar!
Excelente disco este do Tim. Tinha pior voz que o Filho, mas ainda mais alma!
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 03 2021, 19:39
Alexandre Vieira escreveu:
(...)
Excelente disco este do Tim. Tinha pior voz que o Filho, mas ainda mais alma!
Sim, completamente de acordo. O Pai tinha mais que dizer, o Filho deve ter puxado algo da mãe, sabia como dizer o que queria.
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 03 2021, 20:01
Mudando de registo, agora sem grandes palavras a acompanhar...
Nem é preciso dizer nada, é só seguir pela toca do coelho a baixo...
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TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Jan 04 2021, 10:51
Alexandre Vieira escreveu:
José Miguel escreveu:
Não se aquece a "alma" apenas com o lado leve da vida...
...As guerras que ocupavam o tempo e horizonte de Tim Buckley hoje são parte do passado, a forma de as pensar não. Vale a pena escutar, parar e pensar.
...Excelente disco este do Tim. Tinha pior voz que o Filho, mas ainda mais alma!
Escutar Tim Buckley, falar do Jeff Buckley e acabar a escutar o Closer dos Joy Division efectivamente ... não é aqueçer a alma com o lado leve da vida, é mesmo complétamente ao contràrio
O Ano começa bem
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Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14344 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Jan 04 2021, 13:37
Editado em 2011, «On the go» é o álbum que fez sobressair Matthew Halsall, do universo underground do jazz britânico. Natural de Manchester, as peças calmas intercaladas com outras de fraseado mais vivo aplicado pela trompete, recordam o ouvinte do testemunho que Baker deixou aos seus contemporâneos. O carimbo do disco, corresponde à sua editora.
(Gondwana Records, GONDLP005)
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Jan 04 2021, 16:49
Chegou hoje a minha K7. Até que enfim! transporta-me para os tempos na Josefa de Óbidos a ouvir os últimos discos que chegavam de Inglaterra ao pessoal que eram escutados por todos e emprestados para se fazer umas gravações.
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Jan 04 2021, 17:54
Alexandre Vieira escreveu:
Chegou hoje a minha K7. Até que enfim! transporta-me para os tempos na Josefa de Óbidos a ouvir os últimos discos que chegavam de Inglaterra ao pessoal que eram escutados por todos e emprestados para se fazer umas gravações.
Fogo!, isso jà ném é saudosismo ou nostalgia ... é verdadeiro desejo de retornar ao passado
Tive um Teac V-8000S nos anos 90 ... mas por nada ao mundo voltaria a escutar uma K7, mesmo Metal
Ainda prefiro o vinil, e de longe
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Jan 04 2021, 20:38
TD124 escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
Chegou hoje a minha K7. Até que enfim! transporta-me para os tempos na Josefa de Óbidos a ouvir os últimos discos que chegavam de Inglaterra ao pessoal que eram escutados por todos e emprestados para se fazer umas gravações.
Fogo!, isso jà ném é saudosismo ou nostalgia ... é verdadeiro desejo de retornar ao passado
Tive um Teac V-8000S nos anos 90 ... mas por nada ao mundo voltaria a escutar uma K7, mesmo Metal
Ainda prefiro o vinil, e de longe
Ouvir certas coisas em certos suportes teletransporta-nos para outras dimensões.
Para entender o "teletransporte" provocado pela K7, primeiro é necessário explicar o conceito de "entrelaçamento quântico da fita magnética": também chamado de emaranhamento quântico quando ela se enrola , ele ocorre quando duas partículas estão conectadas de forma a instantaneamente compartilharem seus estados físicos —, não importando quão grande seja a distância que as separa entre a primeira e a segunda audição.
Sendo assim, a propriedade garante a interação remota entre as partículas magnéticas da fita, ou seja, ao mudar o estado de "Lado A" você está diretamente transportando essa informação e mudando o estado do "Lado B". (O fenômeno é tão intrigante que até o físico Albert Einstein chegou a chamá-lo de "assustador". )
Explicando melhor: no teletransporte quântico provocado pela fita magnética, são o fator transportado. Isso significa que ao alterar o estado de espírito e consciência por exemplo, sua alma "gêmea" que ouvi a mesmas musicas em fita também comoverá — mesmo que não tenha passado pelo mesmo processo.
Acho que com esta simples explicação fechamos aqui o assunto para sempre.
Só acrescento que nesta K7 todas as guitarras são de Vini Reilly Na versão em vinil não faço ideia, sei que em streaming nem sequer tem guitarras!
Ghost4u Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Jan 04 2021, 23:32
No Auditório Fantasma, em ambiente intimista, «Aqui está-se sossegado» para escutar Camané & Mário Laginha.
(Warner Music, 0190295334017)
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Jan 06 2021, 18:21
Um daqueles clássicos que sabe bem ouvir de quando-a-quando!
Ghost4u Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Jan 06 2021, 20:22
«Dragonflies with birds and snake» é a banda sonora da película do germano Wolfgang Lehmann, assinada pela dupla lusitana Black Bombaim + João Pais Filipe. O registo consiste em rock ambiental sem vocalização, onde, por vezes, a guitarra plana sobre a urdidura da bateria e percussão. (Lovers & Lollypops, L&L105)
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Alexandre Vieira Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Qui Jan 07 2021, 15:10
Pink Floyd – Atom Heart Mother 1970
Um álbum muito subvalorizado até mesmo pelos Floyd.
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Mário Franco Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Qui Jan 07 2021, 16:09
Maldade
Aqui roda Antena 2
O DJ de serviço
Em single ended (2watt) mais tunner analógico marca "Standard" e colunas Grundig
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Ghost4u Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Qui Jan 07 2021, 21:45
E rodou mesmo, pois para escutar a Antena 2, em sintonizadores com cursor, é necessário fazê-lo girar até à estação pretendida. O DJ de serviço foi João Almeida, director desse canal da rádio pública.
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Mário Franco Membro AAP
Mensagens : 2494 Data de inscrição : 27/03/2013 Idade : 66
Assunto: Re: A rodar XLVII Qui Jan 07 2021, 22:46
Ghost4u escreveu:
E rodou mesmo, pois para escutar a Antena 2, em sintonizadores com cursor, é necessário fazê-lo girar até à estação pretendida. O DJ de serviço foi João Almeida, director desse canal da rádio pública.
É verdade, nem tinha visto isso, rodou mesmo
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Ghost4u Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Jan 08 2021, 21:49
Mário Franco escreveu:
É verdade, nem tinha visto isso, rodou mesmo
Faça uso de óculos 3D. Quiçá, assim, consiga visualizar essa operação em toda a plenitude...
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 09 2021, 13:14
Excelente versão e gravação da célebre datada de24 abril 1960 da mágica
"Carmina Burana: Cantiones profanæ, cantoribus et choris cantandæ, comitantibus instrumentis atque imaginibus magicis"
O códice encontrado em Benediktbeuern continha poemas dos monges e eruditos errantes — os goliardos —, quase todos escritos em latim medieval, exceto 47 versos, escritos em médio-alto-alemão vernacular e vestígios de frâncico. Um estudioso de dialetos, Johann Andreas Schmeller, publicou a coleção em 1847, dando-lhe o título de “Carmina Burana”, que, em latim, significa “Canções de Benediktbeuern”.
Acredita-se que todos os poemas fossem destinados ao canto mas os copistas responsáveis pelo manuscrito, nele não indicaram a música de todos os carmes, de modo que só foi possível reconstruir o andamento melódico de 47 deles. O códex é subdividido em seis partes:
-Carmina moralia et satirica (1-55), de caráter satírico e moral; -Carmina veris et amoris (56-186), cantos primaveris e de amor; -Carmina lusorum et potatorum (187-228), cantos orgiásticos e festivos; -Carmina divina, de conteúdo moralístico-sacro (parte que provavelmente foi adicionada já no início do século XIV); -Ludi, jogos religiosos; -Supplementum, suplemento com diferentes versões dos carmina. Os textos são muito diferentes entre si e mostram a diversidade da produção goliardesca. Se, de um lado, há os conhecidos hinos orgiásticos, as canções de amor de alto conteúdo erótico e as paródias blasfemas da liturgia, de outro emergem a recusa moralística da riqueza e a veemente condenação à Cúria Romana, por ser voltada apenas à busca do poder. Assim diz o carme n°. 10:
A morte agora reina sobre os prelados que não querem administrar os sacramentos sem obter recompensas (...) São ladrões, não apóstolos, e destroem a lei do Senhor.
E o carme n°. 11:
Sobre a terra nestes tempos, o dinheiro é rei absoluto (...) A venal cúria papal é cada vez mais ávida dele. Ele impera nas celas dos abades e a multidão de priores, com as suas capas negras, só a ele louva.
Os versos mostram que os chamados clerici vagantes não se dedicavam somente ao vício, mas que se inseriam entre os adversários do crescente mundanismo da Igreja e da conformação monárquica do Papado, ao mesmo tempo que defendiam uma ideologia progressista, distante da clausura da vida monástica.
Além disso, a variedade de conteúdos do manuscrito é também indiscutivelmente atribuída ao fato de que os vários carmina tenham autores diferentes, cada um com seu próprio caráter, as próprias inclinações e provavelmente a própria ideologia, não se tratando de um movimento cultural literário compacto e homogêneo no sentido moderno do termo.
Os textos originais são entremeados por notas morais e didáticas, como se usava no primeiro Medievo, e a variedade dos assuntos - especialmente de natureza religiosa e amorosa, mas também profana e licenciosa - e de línguas adotadas, expressa o estilo de vida e o pensamento dos autores, os clerici vagantes ou goliardos, que costumavam deslocar-se pelas várias universidades europeias nascentes, assimilando-lhes o espírito mais concreto e terreno.
Versões musicais Um grande número dos textos foram musicalizados por conjuntos de música medieval, como por exemplo Thomas Binkley e o Studio der frühen Musik em 1964; René Clemencic e os Clemencic Consort em 1974; Marcel Pérès e o conjunto Organum em 1989; Berry Hayward e o conjunto Caillard em 1990; Jean-Michel Deliers e o conjunto Alegria em 1991[4]; ou Joël Cohen e os Boston Camerata.
Ver artigo principal: Carmina Burana (Orff) A obra musical mais conhecida que tem por base os textos dos Carmina Burana é incontestavelmente a que foi composta pelo compositor alemão Carl Orff. Orff musicou alguns dos Carmina Burana, compondo uma cantata com o mesmo título, estreada em 8 de junho de 1937, em Frankfurt. Com o subtítulo "Cantiones profanae cantoribus et choris cantandae", a obra, por suas características, pode ser definida também como uma "cantata cênica". A obra de Orff faz parte da trilogia Trionfi, que o compositor compôs em diferentes períodos, e que compreende os Catulli Carmina (1943) e o Trionfo di Afrodite (1953). In Wiki
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Alexandre Vieira Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 09 2021, 14:26
E já passaram 22 anos sobre o seu lançamento e continua fresco como no dia em que saiu.
Curiosidade: On the 20th anniversary of Mezzanine's release, the record was encoded into synthetic DNA—a first for an album. The project was in collaboration with TurboBeads Labs in Switzerland; the digital audio of the album was stored in the form of genetic information. The audio was then compressed using Opus, coded in DNA molecules—with 920,000 short DNA strands containing all the data—and then poured into 5,000 tiny glass beads.
Cada lata tem cerca de um milhão de cópias do Mezzanine. Basta venderem uma lata e não ganham um disco de ouro mas antes umalata de ouro
Se venderem 100 latas pulverizam todos os recordes de vendas!
Ghost4u Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 09 2021, 18:05
Nas noites de 8, 9 e 10 de Fevereiro de 2001, os Scorpions fizeram do Convento do Beato, em Lisboa, o seu habitat. Dessas noites, resultou «Acoustica», que no formato "Bolo-Rei" contém dezanove temas, dois quais, «Love of my life» e «Drive», são boas roupagens empregues a originais dos Queen e The Cars. Visionado em família durante a tarde no Ilhéu.
(Warner, 8573-88167-2)
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 09 2021, 18:07
Alexandre Vieira escreveu:
Excelente versão e gravação da célebre datada de24 abril 1960 da mágica
"Carmina Burana: Cantiones profanæ, cantoribus et choris cantandæ, comitantibus instrumentis atque imaginibus magicis"...
Não conheço essa versão e irei escutà-la desde que puder. A peça Carmina Burana não é a minha praia, mas quando os musicos sabem misturar perfeição técnica e ironia teatral até pode ser jubilatorio por momentos! È o caso nesta gravação que nmho é a melhor versão moderna da obra ... fica a dica
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Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14344 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 09 2021, 18:07
Alexandre Vieira escreveu:
E já passaram 22 anos sobre o seu lançamento e continua fresco como no dia em que saiu.
No início da semana, ouvi esse álbum.
masa Membro AAP
Mensagens : 411 Data de inscrição : 29/01/2013 Idade : 79 Localização : Vale de Milhaços
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 09 2021, 18:59
Ainda não há disco nem cd . Não sou muito destas coisas , mas a música portuguesa saiu vencedora . Merece quando tem qualidade .A final foi disputada ,o que é raro ,na lingua de Camões . Oiçam e depois digam de vossa justiça . Meia final :
https://www.youtube.com/watch?v=dcHLh2JqTZw
https://www.youtube.com/watch?v=hsL5bN0L-vI
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 09 2021, 21:22
Noite fria, ainda não nevou em Espinho, a casa mantém-se quente. O jantar foi coelho e para o acompanhar decidimos abrir um vinho que trouxemos do mercado um destes dias. Obviamente não terminamos a garrafa ao ritmo das garfadas, por isso seguimos com a escolha de um álbum a condizer.
O vinho de Bordeaux é leve em vários níveis, mas equilibrado. Não puxa por notas de forma exagerado, não tem algo que não lembre ser resultado da pisa de uvas. O álbum que saltou é o La Petit Fenêtre de Laurence Vanay, que apesar de ter sido esposa de um dos membros dos Magma e de ter trabalhado no estúdio onde se gravaram algumas obras mais complexas, deixou-nos um registo mais melódico, sem deixar de fora notas do Rock que ela tanto ouviu. Tudo vai bem na companhia...
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 10 2021, 09:01
José Miguel escreveu:
...
... O jantar foi coelho ... O vinho de Bordeaux é leve em vários níveis, mas equilibrado. ... O álbum que saltou é o La Petit Fenêtre de Laurence Vanay, que apesar de ter sido esposa de um dos membros dos Magma ... Tudo vai bem na companhia...
Lapin, Bordeaux et Musique Française ... é o caso para dizer que foi um jantar à grande e à francesa
Hoje muito cedo e antes de partir para um almoço na casa de um amigo a 60km daqui preparo-me para a segunda refeição bem regada deste fim de semana, é um Ano Novo que começa e temos que festejà-lo devidamente com Todos os amigos ... até ao fim do mês fai ser um "sprint"!!!...
Jà là vão quase 27 anos desde a saida deste album que marcou os anos 90! O primeiro album dos Portishead foi, aquando da sua saida, uma bofetada para mim! Os Joy Division, John Cale ou The Cure jà tinham pintado quadros sombrios que me pareciam inultrapassaveis tanto pela rugosa beleza que pela potência catartica ... e de repente apareçe esta obra que através de uma linguagem original e muito pessoal roça as criações dos This Mortal Coil e eleva-se (quase) até ao nivel dos melhores momentos da Bjork. Um clima sombrio, feltrado e extremamente elegante que deixa adivinhar algo de radical e inesperado, o desespero ... eu bem disse, uma bofetada!!!...
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 10 2021, 12:47
TD124 escreveu:
José Miguel escreveu:
...
... O jantar foi coelho ... O vinho de Bordeaux é leve em vários níveis, mas equilibrado. ... O álbum que saltou é o La Petit Fenêtre de Laurence Vanay, que apesar de ter sido esposa de um dos membros dos Magma ... Tudo vai bem na companhia...
Lapin, Bordeaux et Musique Française ... é o caso para dizer que foi um jantar à grande e à francesa
Hoje muito cedo e antes de partir para um almoço na casa de um amigo a 60km daqui preparo-me para a segunda refeição bem regada deste fim de semana, é um Ano Novo que começa e temos que festejà-lo devidamente com Todos os amigos ... até ao fim do mês fai ser um "sprint"!!!...
Jà là vão quase 27 anos desde a saida deste album que marcou os anos 90! O primeiro album dos Portishead foi, aquando da sua saida, uma bofetada para mim! Os Joy Division, John Cale ou The Cure jà tinham pintado quadros sombrios que me pareciam inultrapassaveis tanto pela rugosa beleza que pela potência catartica ... e de repente apareçe esta obra que através de uma linguagem original e muito pessoal roça as criações dos This Mortal Coil e eleva-se (quase) até ao nivel dos melhores momentos da Bjork. Um clima sombrio, feltrado e extremamente elegante que deixa adivinhar algo de radical e inesperado, o desespero ... eu bem disse, uma bofetada!!!...
Conseguiram efectivamente pintar o preto com outras cores.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 10 2021, 13:11
Depois de me acercar devidamente do primeiro grande B da música clássica germânica (Beethoven), agora ando a consumir Bach, feito um doido, quero perceber porque alguns chama-me o B originário. Ainda me falta conhecer mais profundamente o B que falta (Brahms) embora já tenha por aqui uma coisa.
Estas são algumas das peças mais emblemáticas de J.S.Bach para piano e facilmente se denota a passagem do Barroco Superior para o Romantismo, um andamento alegre ao estilo italiano, ou estilo mais alternativo a que chama de francês em que o barroco ainda está presente. Quando se ouve Bach facilmente denotamos a sua enorme influência em toda a música clássica.
Por sua vez András Schiff quando toca Bach fá-lo subtilmente, requintado e rápido como exigem muitas das suas peças. https://img.discogs.com/Eo90DwyHEykqzXTNUwHvDCsH7VU=/fit-in/600x594/filters:strip_icc():format(jpeg):mode_rgb():quality(90)/discogs-images/R-8008426-1453391633-5901.jpeg.jpg
ricardo.canelas Membro AAP
Mensagens : 350 Data de inscrição : 02/04/2014 Localização : Lisboa
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 10 2021, 18:01
Sempre bom revisitar os clássicos. Ainda não percebi se gosto mais deste master de 2011 se do original.
Já tudo o que havia para dizer sobre este álbum já foi dito, não aborreço ninguém com as minhas postas.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 10 2021, 18:48
Tem aí um belo gira-discos.
Pode alongar-se um pouco, essa edição em vinil é a preparada pelo Steven Wilson, certo? Nunca ouvi em vinil essa edição, via Tidal nota-se que ele andou a mexer em alguns pormenores.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 10 2021, 18:58
TD124 escreveu:
Lapin, Bordeaux et Musique Française ... é o caso para dizer que foi um jantar à grande e à francesa (...)
O vinho não nos faz engasgar, mas não é um daqueles para voltar a comprar. É muito macio, ele não é fruto de invenções, mas falta-lhe corpo e complexidade. Quem quiser algo bem leve, pode arriscar e não sentirá muito na carteira.
Dummy dos Portishead é um daqueles álbuns que nos acompanhou em tenra idade, muito bonito e bem construído, mas raramente toca cá por casa... em vinil tem sido olhado e deixado nas estantes das lojas, é um daqueles que ainda não encontramos lugar para o arrumar (mental e fisicamente). Pode não fazer grande sentido, mas há vários álbuns nessas condições.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 10 2021, 20:02
José Miguel escreveu:
... Dummy dos Portishead é um daqueles álbuns que nos acompanhou em tenra idade ... em vinil tem sido olhado e deixado nas estantes das lojas, é um daqueles que ainda não encontramos lugar para o arrumar (mental e fisicamente). ...
Olà José, eu também tenho discos dos quais gosto, às vezes muito, mas que não penso que encontrém o lugar deles na minha estante. Tive três esposas, vivi em três paises, tenho três rapazes e estou na minha terçeira coleção de vinis ... isto dà que pensar! Cada uma das minhas antigas coleções de vinis era uma espécie de cristalização desse instante da vida, eu comprava discos por todo o lado em cada pais aonde ia e de todos os géneros ... hà aqueles que compram souvenirs nas lojas de bibelots e eu comprava vinis ... era o meu estéril espolio musical, pois alguns nunca os escutei e muitos escutei apenas uma vez
Hoje compro os vinis que deixarei aos meus filhos de certeza, penso ... uma espécie de fotografia sentimental de quém é ou foi o pai deles, algo de intimo que é necessario interpretar, compreender. Hoje a minha compra de vinis é um acto extrêmamente pensado e para o qual não chega que eu goste, é necessario que a obra me represente e que possa estar ao lado da musica que mais escuto e que me é a mais intima, mas que não escuto em vinil por principio e exigência ... não bebo bom vinho num copo de papel ou de plàstico
De vez em quando deparo-me com albums que se tornam um paradoxo pois não gostei nada deles no momento da saida e um dia de maneira inesperada reapareçem e seduzém-me complétamente. Este que escuto actualmente chegou ontém e é um desses que passou da penumbra até à minha luz ... aconteçe-me por vezes!!!...
ricardo.canelas Membro AAP
Mensagens : 350 Data de inscrição : 02/04/2014 Localização : Lisboa
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 10 2021, 20:06
José Miguel escreveu:
Tem aí um belo gira-discos.
Pode alongar-se um pouco, essa edição em vinil é a preparada pelo Steven Wilson, certo? Nunca ouvi em vinil essa edição, via Tidal nota-se que ele andou a mexer em alguns pormenores.
É pelo Wilson sim. Parece-me acima de tudo que aumentou a separação ao noise floor por ter puxado mais alguns níveis. Noto alguma clareza adicional mas é difícil de perceber se é da masterização ou da prensagem. O mix está muito bem conseguido, mesmo com pós todo digital parece muito fiel ao original. A minha prensagem é muito boa, quando surgem os instrumentos nos primeiros segundos nem sabemos o que nos acertou porque não existe ruido antecedente, mas a agulha já lá está há algum tempo
Entretanto mudam-se as temáticas, mas mantemos o registo de reedição
Uma gravação excepcional, com músicos excepcionais de uma obra excepcional. Numa edição muito boa. Recomenda-se com um bom porto, sem mais distrações
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 10 2021, 20:18
Alexandre Vieira escreveu:
... agora ando a consumir Bach, feito um doido, quero perceber porque alguns chama-me o B originário. ... Por sua vez András Schiff quando toca Bach fá-lo subtilmente, requintado e rápido como exigem muitas das suas peças. https://img.discogs.com/Eo90DwyHEykqzXTNUwHvDCsH7VU=/fit-in/600x594/filters:strip_icc():format(jpeg):mode_rgb():quality(90)/discogs-images/R-8008426-1453391633-5901.jpeg.jpg
Não sei se consumir Bach como um doido permita de melhor o compreender ... mas sei que um dia talvez possas encontrar a essência da musica de Bach, foi o que me aconteçeu e ném sequer andava à procura, foi uma evidência que dura até hoje! Apesar que o András Schiff seja um interprete robusto, respeituoso e virtuoso em relação à musica do grande-mestre, ele é um pianista e o grande Bach nunca viu um piano! Escutar Bach com os instrumentos originais pareçe-me ser um primeiro grande passo, afinal, não vais ao Louvre admirar os quadros com oculos de sol não é
Bravo pelas escutas e boa sorte para encontrar Deus (aka Bach) e não te esqueças que o Monk nmho é o Bach do Jazz ... isto faz-te mais uma imensa montanha a escalar
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TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 10 2021, 20:26
ricardo.canelas escreveu:
... Entretanto mudam-se as temáticas, mas mantemos o registo de reedição
Uma gravação excepcional, com músicos excepcionais de uma obra excepcional. Numa edição muito boa. Recomenda-se com um bom porto, sem mais distrações
Caro ricardo.canelas ... parabens por esse gira historico e pelo phono muito badalado por estas bandas! O Miles (fora algumas obras) não é a minha praia e o Porto faz parte dos vinhos que pouco conheço ... mas não duvido que a associação seja formidàvel. Por aqui diz-se que duas coisas boas juntas nunca dão um mau resultado
mannitheear Membro AAP
Mensagens : 1392 Data de inscrição : 01/08/2013
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 10 2021, 20:54
TD124 escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
Excelente versão e gravação da célebre datada de24 abril 1960 da mágica
"Carmina Burana: Cantiones profanæ, cantoribus et choris cantandæ, comitantibus instrumentis atque imaginibus magicis"...
Não conheço essa versão e irei escutà-la desde que puder. A peça Carmina Burana não é a minha praia, mas quando os musicos sabem misturar perfeição técnica e ironia teatral até pode ser jubilatorio por momentos! È o caso nesta gravação que nmho é a melhor versão moderna da obra ... fica a dica
After listening to some versions of the Carmina Burana I always return to this one, which for my perception is the roughest, most intense and exciting one. Others sound to me often too polite and tame... Sound quality is very good, too, both Vinyl and Qobuz 96/24.
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ricardo.canelas Membro AAP
Mensagens : 350 Data de inscrição : 02/04/2014 Localização : Lisboa
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 10 2021, 21:07
Todos os gostos se acomodam por aqui
Quanto ao set up, o gira é irrepreensível e tem uma história deliciosa, veio da BBC de Glasgow Ainda estou a experimentar com plintos, mas acho que este de betão combina muito bem, só precisa de um apoio mais inerte. Entre este e o meu td124, têm que escolher por mim. O pre do mestre JP fica acima de qualquer suspeita também, como já tinha dito, sou priveligiado
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14344 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 10 2021, 21:53
ricardo.canelas escreveu:
(...) sou priveligiado
João Gilberto, cantava: "só privilegiados têm ouvido igual ao seu"...