... Não conhecia de todo. O que recomendas em termos de "obra iniciática"?
Dos FSOL???... para resumir, as duas obras mais influentes deles é o que venho de escutar e o Lifeforms:
The Future Sound of London_Lifeforms
Este album é mais "apaziguado" e concentrado na natureza, nos sons naturais orgânicos e não sò ora que o Dead Cities é mais urbano e "dark"! Qualquer um destes, ou mesmo os dois, é a essência do estilo dos FSOL
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Jan 22 2021, 19:59
Esta tarde proporcionou mais uma tentativa de aproximação à Música Clássica pela via do vinil, mas acabamos a ouvir Penguin Cafe Orchestra no formato...
Lavamos o disco e tal, tivemos cuidado, mas Bach e as suas Cantatas foram escutadas por outra via e estes senhores Penguin permitem sempre um bom momento de relaxamento a ver o disco rodar.
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Alexandre Vieira Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 23 2021, 13:00
Embora o BOB tenha ganho o nobel da literatura neste disco, muitos deliciaram-se a detectar os seus plágios.
Penso que mais que plagiar o mesmo tempo prestar homenagem aos seus heróis, e só plagia quem lê, quem escuta música e indaga.
Deixo aqui uma sumula dos alegados plágios ou inspirações que foram assacadas a este belo disco. Muitas das canções do álbum têm raízes em composições antigas bem conhecidas, embora em todos os casos, Dylan tenha dado novas letras às canções.
In Wiki: " Thunder on the Mountain " tem um segundo verso baseado na música "Ma Rainey" de Memphis Minnie . Dylan corta e embaralha as letras de Memphis Minnie substituindo Alicia Keys e Hell's Kitchen por Ma Rainey e sua cidade natal na Geórgia . A referência a Keys foi listada pela Rolling Stone como uma das "dez mensagens mais estranhas" da música. [5] Os licks e riffs de guitarra são típicos dos discos famosos de Chuck Berry , com a melodia soando mais próxima de " Let It Rock ". [6] "Rollin 'and Tumblin'" é um padrão de blues gravado pela primeira vez e possivelmente escrito pelo homem do blues Hambone Willie Newbern . Um arranjo muito semelhante ao de Dylan, mas com letras diferentes, foi um sucesso para Muddy Waters, que também é responsável por escrever a música. Exceto pelo primeiro verso, todas as letras da versão de Dylan são originais. "When the Deal Goes Down" é baseada na melodia de " Where the Blue of the Night (encontra o Gold of the Day) ", uma canção-assinatura de Bing Crosby . [7] " Someday Baby " é baseado em um antigo padrão que pode ser rastreado até "Worried Life Blues", gravado por Sleepy John Estes , e que ficou famoso nas versões de Lightnin 'Hopkins e Muddy Waters . Às vezes é referido como "Trouble No More" e muitas vezes creditado a Muddy Waters. O refrão de " Workingman's Blues # 2 " apresenta a frase: "Encontre-me lá embaixo, não fique para trás, traga minhas botas e sapatos." A frase incomum parece ter sido emprestada da canção de 1946 da cantora cool jazz June Christy , "June's Blues", que contém as palavras "Encontre-me no fundo, traga-me minhas botas e sapatos". Dylan demonstrou afinidade com a música de Christy e tocou várias de suas canções ao longo de seu programa Theme Time Radio Hour XM. [8] A linha também aparece como "Encontre-me no fundo, traga meus tênis de corrida", na música "Down in the Bottom" de Willie Dixon (ela própria uma adaptação de "Rollin 'e Tumblin '"), gravada por Howlin' Wolf. Uma variante semelhante aparece na canção de Big Joe Williams "Meet Me Around the Corner" ("Encontre-me ao virar da esquina, traga-me minhas botas e sapatos"). As palavras "Eu durmo na cozinha com meus pés no corredor" de "Workingman's Blues" de Dylan aparecem em canções de blues tradicionais com variações (geralmente a mulher alta é quem dorme): Cumberland Gap , They Red Hot de Robert Johnson . "Beyond the Horizon" é baseado na canção " Red Sails in the Sunset ", escrita por Jimmy Kennedy e Hugh Williams em 1935 usando sua melodia e estrutura básica. " Nettie Moore " leva seu título, e parte de seu refrão, de uma composição de 1857 "Gentle Nettie Moore" de Marshall Pike e James Lord Pierpont , o compositor de "Jingle Bells", embora a melodia e as letras de Dylan sejam irreconhecíveis. A canção também rima com " Moonshiner ", uma canção folclórica tradicional que Dylan gravou em 1963: "Dizem que o uísque vai matar você, mas não acho que vá" vs. "Se o uísque não me matar, eu não sei o que vai. " "The Levee's Gonna Break" é baseado em " When the Levee Breaks ", de Kansas Joe McCoy e Memphis Minnie . Já foi adaptado por bandas de rock como Led Zeppelin . A música também está em domínio público desde 2004. " Ain't Talkin ' " deriva parte de seu refrão da mais agitada "Highway of Regret" dos Stanley Brothers .
Em resumo plagiado ou não é um belo disco (neste caso cd) tipo carteiro que quando por aqui toca toca pelo menos duas vezes seguidas.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 23 2021, 14:25
O Michal Jacaszek tal um D. Quichote moderno continua a sua epopeia electrobarroca contra tudo e todos num anonimato que o torna ainda mais esoterico ... como se a sua mistica musica não fosse suficiente! Mestre das harmonias circulares, do glitch e do processing noisy assim que da fusão acustica, o compositor polonês ataca nesta obra um terreno muito afastado das suas planicies austeras, a pop! Mas, ninguém foge à sua natureza ném aos seus demônios e a sua pop é tão sobrecarregada quanto a musica sagrada do Pergolese. Persistindo na oposição dos elementos e na hesitação formal esta façeta do Jacaszek não se afasta das zonas habituais mas dà-lhes um novo relevo ... o tradicional claro obscuro inclina-se para os lados da luz. Esta obra é um céu ameaçador sobre o oceano aonde brotam de uma maneira parsemeada raios de luz ... o contraste entre o cinzento escuro e a cintilância cria um contraste que é fonte de angustia e de fascinação! No contraste permanente entre os seus arranjos inquiétos e as vozes magnificas da Joasia Sobowiec-Jamioł e da Natalia Grzebała o rapaz interroga-nos sobre a natureza do ser. Uma atmosfera romântica e sombria predomina, entrecortada por fulgurâncias de uma beleza fantasmagorica que exaltam o espirito e acabam por atigir algo de inesperado, uma desassossegada sensualidade sinônimo de pecado irrepressivel. Eu sempre disse que este rapaz se tornaria num mestre moderno, està feito...
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TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 23 2021, 15:34
Alexandre Vieira escreveu:
Embora o BOB tenha ganho o nobel da literatura neste disco, muitos deliciaram-se a detectar os seus plágios. ...
Tenho ouvido muitos elogios em relação a esse disco mas nunca o ouvi!... o Nobel foi para homenagear a integralidade do seu trabalho penso e não exclusivamente para recompensar esse album
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 23 2021, 15:58
TD124 escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
Embora o BOB tenha ganho o nobel da literatura neste disco, muitos deliciaram-se a detectar os seus plágios. ...
Tenho ouvido muitos elogios em relação a esse disco mas nunca o ouvi!... o Nobel foi para homenagear a integralidade do seu trabalho penso e não exclusivamente para recompensar esse album
Claro que não, este foi um álbum muito polémico porque toda a gente falava em plágio dele.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 23 2021, 19:40
Os obsessivos por música falam muito sobre originalidade - e a sua importância. Nos últimos anos, alguns álbuns fantásticos afastaram várias pessoas por serem sons recauchutados, como se a criação não tivesse sempre antecedentes...
Este álbum, que mostra que os Animal Collective possuem um estilo completamente seu e uma sonoridade única. O que eles construíram nesta obra é um novo tipo de pop eletrônico - um que é gerado por máquinas e se deleita com a tecnologia, mas também é profundamente humano, nunca chamando muita atenção para sua natureza digital.
Andaram uma década a depurarem sons e a criar um estilo e este oitavo álbum é pináculo da sua criação.
Pertence a um conjunto muito limitado de discos que têm o selo de disco obrigatório. Foi lançado faz 12 anos mas o seu contributo para música vai durar pelo menos 100 anos.
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 24 2021, 12:38
Um dos melhores registos desta magnifica compositora e interprete.
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ricardo.canelas Membro AAP
Mensagens : 350 Data de inscrição : 02/04/2014 Localização : Lisboa
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 24 2021, 19:33
Musica do além mar profundo. Conseguimos ver a paisagem noturna subterranea de detroit a ouvir isto.
Big band, jazz com muito soul, sem parar. Os temas têm uma complexidade harmónica muito balanceada para todos os instrumentos darem a sua voltinha, é delicioso. 45rpm, edição de 2013 de uma raridade de 76. O som não é nada de especial por defeito da gravação, mas a música, essa roça a imortalidade.
mannitheear Membro AAP
Mensagens : 1392 Data de inscrição : 01/08/2013
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 24 2021, 20:02
TD124 escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
Embora o BOB tenha ganho o nobel da literatura neste disco, muitos deliciaram-se a detectar os seus plágios. ...
Tenho ouvido muitos elogios em relação a esse disco mas nunca o ouvi!... o Nobel foi para homenagear a integralidade do seu trabalho penso e não exclusivamente para recompensar esse album
It's IMHO a great album! I didn't know about the Nobel and don't listen much to Dylan, but this album has an incredible cool and laconic atmosphere and I listen regularly!
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 24 2021, 21:34
mannitheear escreveu:
TD124 escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
Embora o BOB tenha ganho o nobel da literatura neste disco, muitos deliciaram-se a detectar os seus plágios. ...
Tenho ouvido muitos elogios em relação a esse disco mas nunca o ouvi!... o Nobel foi para homenagear a integralidade do seu trabalho penso e não exclusivamente para recompensar esse album
It's IMHO a great album! I didn't know about the Nobel and don't listen much to Dylan, but this album has an incredible cool and laconic atmosphere and I listen regularly!
It's a kind of homage, to the idols that influenced him
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Jan 25 2021, 17:12
Visto que se fala do Bob Dylan e que não sou impermeavel aos gostos dos outros, roda também por aqui. A minha primeira mulher era doida pelo Bob e creio que conheço a sua "autoestrada 61 revisitada" de cor. O album que ela gostava menos foi aquele que acabou por me tocar mais, não é espirito de contradição é mesmo verdade. Em homenagem à minha primeira mulher e com grande alegria roda este "Blonde on Blonde" que tenho em altissima estima. Esta reedição é absolutamente excelente e bate-se ganhando com o original nmho...
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José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Jan 25 2021, 18:51
Bob Dylan fez o seu caminho desse lado, mas por aqui a Música foi e é outra. Aproveitamos o final de uma tarde sombria para visitar uma obra que contém boa luz.
Dá para ver que o DAC está desligado, a vertente analógica deste sistema e fórum está salvaguardada. A beleza e bom ambiente também, Speak Like a Child abre com arranjos que lembram a Bossa Nova, a secção rítmica tem um pézinho no Brasil. Herbie Hancock, por outro lado, apresenta-nos uma possibilidade de passear por entre fraseados de piano que nos colocam perante a tradição ancorada em registos swingados.
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Jan 25 2021, 19:13
Um dos melhores discos deste século, do século passado e dos anteriores.
Quem não o conheça dê-lhe uma oportunidade. Já agora a versão digital é melhor que em vinil de longe.
José Miguel Membro AAP
Mensagens : 9401 Data de inscrição : 16/08/2015 Idade : 43 Localização : A Norte, ainda a Norte...
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Jan 25 2021, 19:29
Depois de referir um piano swingado, voltei-me para o lado da estante onde sei que posso encontrar um belo álbum: muito bem tocado e bem gravado. É um gosto pegar nos álbuns de Oscar Peterson, da série em causa este Vol. V é o favorito por aqui e por isso o que roda com maior frequência. Toda a série é boa, mas este tem um lugar especial.
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Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Jan 25 2021, 19:46
I Love Trains and this guys too
Recomendo, bestante, claro que não é para a rapaziada que faz do Jazz modo de vida.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Jan 27 2021, 16:02
Alexandre Vieira escreveu:
Recomendo, bestante, claro que não é para a rapaziada que faz do Jazz modo de vida.
Não tenho nada contra o jazz, bem ao contràrio, ném contra os iLikeTrains pois devo ter os albums todos
Começas a escutar musica mais interessante do que hà uns tempos atràs, sò falta o jazz
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Jan 27 2021, 16:08
Jà tinha tocado ontém durante a escuta do iFi Zen Phono ... volta a tocar hoje!!! Um album mais floydiano do que muitos albums dos Floyd...
Alexandre Vieira gosta desta mensagem
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Qua Jan 27 2021, 16:32
TD124 escreveu:
Jà tinha tocado ontém durante a escuta do iFi Zen Phono ... volta a tocar hoje!!! Um album mais floydiano do que muitos albums dos Floyd...
Estou a ouvir e a gostar muito. Parecem mestrinos a tirar o mestrado com os Doutores! Aprenderam bem a lição! Juntaram aqui qualquer coisa de Folk e "prontos" temos banda!
Grande indicação!
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Qui Jan 28 2021, 12:09
Um belo disco dos Metronomy. Colagens sonoras que criam um padrão musical quase único.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Qui Jan 28 2021, 14:10
Chrome Hoof é uma espécie de orquestra de Rock. Sendo uma grande orquestra, a música de Chrome Hoof abrange diversos géneros musicais, como metal, eletro-pop , funk , uma espécie de jazz , disco e ainda música de câmara . Sua música é descrita por muito como progressiva, futurista e psicadélica. E algumas vezes parece parece também a banda sonora de "Jesus Cristo em modo de super-herói".
Um projecto muito interessante que relembro a muitos e dou a conhecer a alguns.
PRE-EMPTIVE FALSE RAPTURE
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Jan 29 2021, 18:59
Alabama Shakes - Boys and Girls
Um disco que agrada a quase todos, boas músicas de Rock-blues, que nos trazem boa disposição!
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 30 2021, 16:35
Uma ótima companhia durante uma tarde de trabalho.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 30 2021, 17:04
Alexandre Vieira escreveu:
Uma ótima companhia durante uma tarde de trabalho.
Conforme o tempo foi passando a minha produtividade diminuía drasticamente, de facto eu tento, tento, mas não vale a pena. Agora estou super divertido atento e bem disposto a ouvir esta pérola:
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14344 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Sáb Jan 30 2021, 18:38
Alexandre Vieira escreveu:
Uma ótima companhia durante uma tarde de trabalho.
Progressos
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 31 2021, 08:57
Ghost4u escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
Uma ótima companhia durante uma tarde de trabalho.
Progressos
Parecem-me mais enganos, torturas, desventuras.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 31 2021, 12:42
Um belo concerto, uma obra notável!
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 31 2021, 19:58
Esteve "enterrado" tanto tempo. Agora de quando a quando toca e encanta todos nós.
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14344 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Jan 31 2021, 22:24
Do Velho Continente, Hans Theessink, neerlandês que vive em Viena, caracterizado pela voz grave, está como peixe na água na interpretação de blues. No LP «Visions», editado em 2008, teve como parceiro o estado-unidense Terry Evans. Pautado por duas vozes e duas guitarras, às quais se juntaram Phil Bloch (percussionista) e Richard Thompson (guitarra eléctrica), o álbum, gravado em dois dias, contém uma dezena de canções.
(Blue Groove, 1710)
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14344 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Fev 01 2021, 10:29
Quando Alexandre Vieira referiu a escuta de um disco denominado «Boys and girls», a minha Caixa Idiota Instruída foi iluminada com o álbum de Bryan Ferry, editado em 1985. Entre talentosos músicos na sua concepção, participaram David Gilmour e Mark Knopfler, mestres da guitarra.
(Polygram, 825 659-1)
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Alexandre Vieira Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Fev 01 2021, 12:58
Ghost4u escreveu:
Quando Alexandre Vieira referiu a escuta de um disco denominado «Boys and girls», a minha Caixa Idiota Instruída foi iluminada com o álbum de Bryan Ferry, editado em 1985. Entre talentosos músicos na sua concepção, participaram David Gilmour e Mark Knopfler, mestres da guitarra.
(Polygram, 825 659-1)
Olha que belo apontamento!
Mas mestre, que é mesmo mestre, é o Carlos Paredes
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Fev 01 2021, 13:19
Um disco bastante bem conseguido, ao meu gosto o melhor que a banda fez.
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14344 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Fev 01 2021, 16:43
Mas, antecedendo Paredes, tivemos Armado Augusto Salgado Freire, conhecido por Armandinho. Pedro Jóia, dedicou-lhe o álbum «À espera de Armandinho».
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TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Fev 01 2021, 18:00
Existém albuns magnificos escondidos na poeira do tempo ... este One Year do Colin Blunstone é um deles. A sua voz aérea e delicada pela primeira vez não està ao serviço dos Zombies mas do seu nome proprio. Uma obra de uma delicateza rara aonde os arranjos de cordas mereçem verdadeiramente o apelido de rock barroco ... aliàs, este disco é um dos apogeus desse estilo. Esperou trinta anos para ser editado em CD e mais alguns anos para ser reeditado em vinil, a espera valeu a pena! Esta edição da EPIC/4MWB é um belo exemplo de trabalho bem feito ... capa espessa em cartão rigido, disco silencioso e bem prensado e respeito do artwork original, algo que nos afasta das capas em cartolina impressas com jacto de tinta e com discos dentro que tornam a escuta de vinis ainda mais fastidiosa do que com os originais em fraco estado de conservação. Jà tinha sido abordado no "Bestas...", se não tiveram a curiosidade dessa vez escutém hoje ... hà musica antiga que é passeismo escutà-la no presente, hà musica antiga que serà sempre actual, é o caso deste disco!...
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Ghost4u Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Fev 01 2021, 22:33
Em «Taxi», Luís Jardim surge na ficha técnica como percussionista. Tendo visto a luz do dia em 1993, a meu ver, este é o melhor álbum em nome próprio da voz dos Roxy Music.
(Reprise, 9 45246-2)
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Ghost4u Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Fev 01 2021, 23:28
Produzido por Daniel Lanois com doses consideráveis de ondas sonoras, em «Le noise», Neil Young demonstra vivacidade à flor das cordas vocais e da viola.
(Reprise, 9362-49618-6)
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Ghost4u Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Ter Fev 02 2021, 23:18
Lisboa, 28 e 29 de Julho de 1974. Volvidos três meses da Revolução dos Cravos, a Orquestra de Câmara da Fundação Gulbenkian e a pianista Maria João Pires, dirigidas por Michel Corboz, interpretam os Concertos de Piano n.º 1, 4 e 5 de Johann Sebastian Bach.
(Erato, 0825646334759 LC0200)
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Alexandre Vieira Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Qui Fev 04 2021, 13:47
Este segundo álbum é um marco da música moderna. Contém uma estética especifica, uma linguagem única e o sedimentar de uma sonoridade muito original.
Gorillaz - Kids With GunsSummer don't know me no more Eager man, that's all Summer don't know me He just let me love in my sea 'Cause I do know, Lord From you that Just died, yeah I saw that day Lost my mind Lord, I'll find Maybe in time You'll want to be mine Don't stop the buck when it comes It's the dawn, you'll see Money won't get there Ten years passed tonight You'll flee If you do that I'll be some To find you I saw that day Lost my mind Lord, I'll find Maybe in time You'll want to be mine I saw that day Lost my mind Lord, I'll find Maybe in time You'll want to be mine Maybe in time You'll want to be mine Maybe in time You'll want to be mine
Alexandre Vieira Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Fev 05 2021, 17:32
Midlake – The Courage Of Others
Este disco é uma mistura simpática de Folk+Psicadelismo+Rock, ouviram muita música dos finais dos anos 60 princípios do 70 e ficaram contagiados. O problema deste disco é as músicas serem muito idênticas, ou seja ouvir um tema per si, ouvir todo o disco de seguida torna-se um pouco aborrecido. Mas não deixa de ser um álbum bastante interessante.
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Fev 05 2021, 17:57
Alexandre Vieira escreveu:
... Midlake – The Courage Of Others
Este disco é uma mistura simpática de Folk+Psicadelismo+Rock, ouviram muita música dos finais dos anos 60 princípios do 70 e ficaram contagiados. O problema deste disco é as músicas serem muito idênticas, ou seja ouvir um tema per si, ouvir todo o disco de seguida torna-se um pouco aborrecido. Mas não deixa de ser um álbum bastante interessante.
Prefiro o segundo mas também gosto muito desse! Os arranjos dos Midlake até à partida do Tim Smith é qualquer coisa
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Alexandre Vieira Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Fev 05 2021, 18:03
"Queen of the Wave"- e a sua ópera isotérica - é um projeto altamente ambicioso que tem um número infinito de influências e mistura géneros aparentemente incompatíveis de uma forma que poucos tiveram a coragem de fazer no passado, ou ninguém foi tão ingénuo para o fazer, aqui e ali, parece a banda sonora de um filme do Tarentino que tenta misturar hits do passado, mas neste caso em uma espécie de ópera, isto tudo embrulhado em uma estética aparentemente inteligente.
O problema deste disco é que não pode ser ouvido como os outros, é uma obra que soa dura, muitas vezes, pelas diversas misturas das diversas influências musicais, mas ao mesmo tempo apela sobre-que-maneira a memórias passadas da nossa infância ou até à dos nossos Pais.
Eu pessoalmente gosto muito, porque nenhum disco que tenho preenche este espaço. Nenhum não, minto, talvez o Tommy dos The Who, mas com soluções musicais muito diferenciadas.
A pergunta é vale a pena comprar? Sim nem que seja pela experiência que proporciona e porque os lucros do mesmo serão doados à Fundação John Nurminen, especificamente para o projeto social e ambiental que se destina a fundamentar a limpeza do Mar Báltico.
Ghost4u Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Fev 05 2021, 21:26
No duplo álbum «Just in time», Paula Oliveira desafiou três históricos músicos de jazz do nosso país: António José Veloso (piano), Bernardo Moreira (contrabaixo) e Manuel Jorge Veloso (bateria). A estes veteranos, juntaram-se mais duas gerações de instrumentistas, que embelezaram os dezasseis emblemáticos temas enquadrados nos anos 20 a 50. A 23 de Outubro de 2014, o álbum foi apresentado no palco do Conservatório de Música de Coimbra. Registado pela Antena 2, nesta noite, a estação pública deu a conhecer a actuação no programa Jazz a 2.
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Ghost4u Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Sex Fev 05 2021, 23:22
"Há que levar um drible Por entre as pernas sem perder a linha No jogo da bola (...)
Há que aplaudir o toque O tique-taque, o pique, o breque, o lance De craque do centroavante E rolar a pelota nos pés de um moleque É ver o próprio tempo num relance E sorrir por dentro"
Não sou simpatizante nem adepto dos aclamados clubes grandes de Portugal! Também, o futebol em nada é a modalidade desportiva que mais aprecio, torcendo pelas equipas mais discretas. Mas, ao escutar «Jogo da bola», faixa que nos convida a explorar o outro lado do LP «Caravanas», de Chico Buarque, os músculos faciais expressaram sorriso ante o resultado obtido pelo clube da cidade berço desta nação, na 17ª jornada da I Divisão, época 2020/2021.
(Discmedi Blau, DM5265-01))
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Alexandre Vieira Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Fev 07 2021, 14:05
Este triplo álbum saiu à sete anos e tornou-se de imediato numa obra de culto.
Como diz Lindsay Zoladz na Pichfork
"...É o álbum mais político, ambicioso e realizado do Knife, mas de uma forma estranha também parece o mais pessoal: fornece um vislumbre dos desejos, entusiasmos intelectuais e (sem surpresas densa) lista de leitura que guia uma das duplas mais sombrias da música. Em sua forma mais hipnotizante, seu rigor conceitual e ocasional inescrutabilidade são dominados por uma seriedade desarmante: É um manifesto musical que defende um mundo melhor, mais justo e mais estranho. Shaking the Habitual não parece pós-humano, mas profundamente humanista, alimentado por uma fé fora de moda, mas profundamente revigorante, na capacidade da música de hipnotizar, agitar e liberar - tornar-se, nas palavras de Winterson, "a nota alta que quebra o vidro e derrama o líquido... ".
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Fev 07 2021, 14:33
Faz algum tempo que perseguia o álbum Toada dos Live Low em formato físico (está muito bem conseguido, vinil bem prensado), desde que ele saiu que o vejo como uma narrativa alternativa sobre o cancioneiro popular Português, um ponto de observação distante e sem receio do que o tempo e espaço promovem no momento da observação. Desde a cidade do Porto não se avistam as ilhas que compõem o Arquipélago da Madeira, mas o cancioneiro Madeirense propaga-se e chegou até à cidade Invicta. Poderá ter chegado após uma viagem, uma investigação, uma apresentação do folclore local em alguma feira. Sinto que já estou perante uma imagem desfocada. Os Borracheiro é a faixa de abertura, um som fino que lembra uma flauta tenta furar o ruído de estática e apresenta-se perante nós, um bater grave ao fundo marca passo e transporta-nos para a marcha que segue ao ritmo do bater da baqueta nas peles dos bombos e timbalões, o arfar ocupa o lugar onde se deveriam encontrar as palavras que animam um baile. Esta é a primeira faixa, mas mais oito se seguem, tendo como ponto comum a capacidade de observar sem receio de assumir o ponto de onde se observa, a singularidade do observador.
Chamo particular atenção para a voz feminina que se ouve, pois ela canta em Português, não em Português perfeito, Ece Canli é uma querida menina Turca que gostou do Porto e acabou por ficar. Outra chamada de atenção para a capa e inner sleeve do álbum, as duas formam um conjunto uno, pois as pontas da capa fecham para o interior da inner, formando um objeto que lembra um livro.
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Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Fev 07 2021, 14:40
José Miguel escreveu:
Faz algum tempo que perseguia o álbum Toada dos Live Low em formato físico (está muito bem conseguido, vinil bem prensado), desde que ele saiu que o vejo como uma narrativa alternativa sobre o cancioneiro popular Português, um ponto de observação distante e sem receio do que o tempo e espaço promovem no momento da observação. Desde a cidade do Porto não se avistam as ilhas que compõem o Arquipélago da Madeira, mas o cancioneiro Madeirense propaga-se e chegou até à cidade Invicta. Poderá ter chegado após uma viagem, uma investigação, uma apresentação do folclore local em alguma feira. Sinto que já estou perante uma imagem desfocada. Os Borracheiro é a faixa de abertura, um som fino que lembra uma flauta tenta furar o ruído de estática e apresenta-se perante nós, um bater grave ao fundo marca passo e transporta-nos para a marcha que segue ao ritmo do bater da baqueta nas peles dos bombos e timbalões, o arfar ocupa o lugar onde se deveriam encontrar as palavras que animam um baile. Esta é a primeira faixa, mas mais oito se seguem, tendo como ponto comum a capacidade de observar sem receio de assumir o ponto de onde se observa, a singularidade do observador.
Chamo particular atenção para a voz feminina que se ouve, pois ela canta em Português, não em Português perfeito, Ece Canli é uma querida menina Turca que gostou do Porto e acabou por ficar. Outra chamada de atenção para a capa e inner sleeve do álbum, as duas formam um conjunto uno, pois as pontas da capa fecham para o interior da inner, formando um objeto que lembra um livro.
Para o apetite ficar totalmente aberto, falta a reportagem fotográfica!
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Fev 07 2021, 14:43
Eu esqueci-me de a colocar logo... mas corrigi.
Aproveito para deixar o endereço onde podem escutar: https://livelow.bandcamp.com/album/toada
Gosto deste álbum e no seu formato físico fica muito bem (não digo melhor que escutar em digital, mas é um gosto ter capas assim).
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Fev 07 2021, 15:18
O almoço está quase pronto, aberto o vinho de nome sugestivo, também embalados pelo álbum alterior, seguimos com um projecto aventureiro e destemido, que ainda hoje faz sentido ser escutado sem amarras.
CTU Telectu tem muitas marcas do tempo em que foi produzido, mas conserva todos os atributos que fazem dele algo apetecível - como um vinho do passado, bem conservado.
José Miguel Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Dom Fev 07 2021, 19:11
A Música com origem no Brasil tem sido uma das descobertas mais frutuosas dos últimos anos, é incrível a riqueza e as ramificações. O Movimento Tropicalista tem uma definição mais ou menos aceite, eu gosto de ver pela face de resposta ao fechamento cultural que estava a dar um “abraço de urso” a todos os que ousavam criar. A Música Popular Brasileira expressava bem o passado, mas já mal conseguia responder às necessidades do presente e decididamente não possibilitava os códigos para sonhar com um “amanhã” distinto, aberto, mais completo. O Movimento durou pouco com nome próprio, mas as suas marcas ficaram e ainda hoje se fazem notar. Quando descobri Grandeza de Sessa fiquei cheio de dúvidas, perdi a noção de tempo, mesmo estando a ver/ouvir ao vivo. Não tinha feito uma viagem por meio de qualquer coisa menos própria, era mesmo o Psicadelismo da Música com o perfume do Tropicalismo.
Aconselho a todos os que gostam de MPB, que gostam de Tropicalismo, que gostam de Rock Psicadélico, que gostam da subversão que nas ruas nasce a cada instante e ganham expressão pela via da criação de poucos. Sessa é um desses que ousa criar. Podem escutar aqui: https://sessa.bandcamp.com/album/grandeza-2
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Fev 08 2021, 08:38
José Miguel escreveu:
O almoço está quase pronto, aberto o vinho de nome sugestivo, também embalados pelo álbum alterior, seguimos com um projecto aventureiro e destemido, que ainda hoje faz sentido ser escutado sem amarras. ...
Gosto muito, muito mesmo, dos vinhos da Susana Esteban ... esse "Aventura" que inteligentemente não teve contacto com a madeira ném nova ném velha surpreende pela frescura vibrante e a suavidade dos taninos (2016). Um belo pequeno vinho que pode ser um modelo dos bons vinhos portugueses ... o "Procura" também dela jà mais sério e profundo é quase uma "perfeição"
Enquanto bebo o meu chà leio as trocas de ontém e digo-me que é tempo de encomendar uns quantos vinhos portugueses pois jà não tenho nenhum na adega. Enquanto o espirito divaga là para os lados do oeste e penso nos vinhos ... uma outra parte do meu espirito deixa-se emprisionar nas teias obcessionais desta obra. Este triplo album dos Stars of the Lid é uma das maiores obras nmho da ambient drone e mergulha o auditor numa viagem cinematica e sombria. Pela longa repetição de movimentos calmos esta musica acaba por criar conexões com o tumulto do ser, uma obra neurótica e brilhante...
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Alexandre Vieira Membro AAP
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Assunto: Re: A rodar XLVII Seg Fev 08 2021, 17:12
Enfim já chegou! O que dizer deste disco? Um disco de pop absolutamente simples mas de uma simplicidade arrebatadora, este disco começou a ser projectado por miúdos de 16 anos até que conhece o dia em 1984. É o único disco da banda e é um disco de culto para muitos os que gostam da electrónica mínima, esbarrei com ele no YouTube faz uns anos e nunca mais os larguei.