Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Sáb Set 15 2018, 18:45
Perdido por um, perdido por mil...
Único Membro AAP
Mensagens : 54 Data de inscrição : 26/08/2018
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 00:15
Rui Soares escreveu:
Único escreveu:
Estimado Rui Soares,
Palavra que pensei ser o único (!) aqui que procurava construir o seu sistema de som com base em pressupostos "realistas" de reprodução musical... E claro que não me referi exclusivamente a Rock. Qualquer performance musical ao vivo, tem uma assinatura sónica impossível de se reproduzir em casa! E só mesmo quem nunca "provou" isto ao vivo, pode imaginar que soa melhor em casa...
Eu fui a dezenas e dezenas de concertos. Incluindo música clássica! E confirmei que dinâmica, tanto funciona para o clássico, como para o Rock.
A concepção do sistema de som deve ser PESSOAL e eu limito-me a dar as dicas para a malta que gosta de Rock, que sei ser até predominante por aqui (pelo menos foi o que me pareceu)... E, como tenho vários sistemas de som e todos eles diferentes, mas "construídos" com os mesmos princípios e tudo funciona de acordo com o que idealizei, posso testemunhar que não é preciso ser rico para ouvir boa música em casa! E com plena "fidelidade"!!!
Muito obrigado por não me sentir aqui sozinho, estimado Rui Soares. É que a tal malta do Rock (incluindo um(a) tal "Ferpina" que parece que gosta disso) está caladinha e não se manifesta.
Não é o único.
E no fundo é tudo uma questão de lógica. Por exemplo para uma pessoa saber qual o som de um Bosendorfer Imperial 290 ou tem um sistema com um Eminent Technology TRW-17 Rotary Subwoofer visto que é o único que chega a qualquer coisa como 1Hz (Frequency Response: 1Hz : 30Hz ± 4dB)
E mesmo assim só vai ouvir a "interpretação" que o engenheiro de som deu à captação e não ao som que o piano pode na realidade ter. Este piano é o único no mundo a ter nove notas extra abrangendo oito oitavas. Notas estas que fornecem maior riqueza e profundidade ao instrumento permitindo que o pianista consiga tocar obras originalmente criadas com, ou para o instrumento por compositores como Debussy, Ravel, Busoni etc.
E estou a usar o Bosendorfer como exemplo porque é o único a chegar muito abaixo daquilo que a maior parte dos sistemas podem reproduzir. Além de nos termos que aperceber como cada instrumento soa na realidade há que perceber que os pianos não tocam todos da mesma forma. Nem os violinos, violas, guitarras, instrumentos de sopro etc. Se não tivermos uma ideia mais realista do que um instrumento pode soar nunca vamos conseguir ter um termo de comparação "válido".
Ou temos uma perfeita noção do som dos instrumentos ou, vamos andar sempre a comparar interpretações do som dos mesmos, dadas pelos engenheiros de som. Interpretações que depois acabam por ser ouvidas através de sistemas de som que, muitas das vezes, acabam, de uma forma ou de outra alterar o som captado pelo engenheiro. Para não falar nas salas que também podem alterar a forma como ouvimos ou nos apercebemos do som.
Ou seja. Ou sabemos o som que na realidade um instrumento pode ter, ou dificilmente vamos conseguir ter um sistema que consiga reproduzir fielmente o mesmo.
Por exemplo vi poucos audiófilos a darem-se ao trabalho de perceber quais os instrumentos específicos usados numa performance captada numa gravação.
Se soubermos o som real de um instrumento específico que está a ser usado numa gravação é-nos mais fácil perceber se o nosso sistema está a ser "fiel" à reprodução desse instrumento.
Generalizar guitarras ou pianos ou violinos ou violas ou instrumentos de sopro pode levarnos a pensar que estamos a ouvir uma reprodução fiel quando no fundo o nosso sistema pode estar muito longe do som original.
É tudo uma questão de lógica.
Tentar ouvir vozes ao vivo também é de alguma forma importante.
A gravação final, pouco tem a ver com o que se ouve em estúdio.
Digo eu. Há quem não concorde com a minha forma de "ver as coisas".
Fantástico depoimento estimado Rui Soares!!!
Um determinado membro deste espaço (tem um nome esquisito, depois eu digo) disse-me noutro local que isto aqui era tudo malta porreira e que acima de tudo sabiam daquilo que escreviam! Fico feliz por me sentir entre "irmãos" de sensibilidade!!!
Esse instrumento diabólico, o Bosendorfer Imperial 290 (só o nome intimida!) é efectivamente um instrumento diabólico!!... Abaixo de 20Hz (talvez até um pouco mais acima, digamos que de uns 30-35Hz para baixo) o grave começa a sentir-se e deixa de se "ouvir"... Há quem até deixe alguns cuidados na audição de determinadas obras devido ao perigo dos ataques cardíacos a gente mais sensível a nível de coração... Ou com pace makers... Imagino (não, não imagino!!) 1Hz!!!!
E a questão está muito mais na energia capaz de mover um cone a esses níveis telúricos de ondas hertzianas... Não move porque teria de ter um tamanho descomunal (para reproduzir sem a necessidade de muito movimento do cone)... E de facto, apenas os "esquisitos" woofers rotativos contêm tecnologia capaz disso... Mas o preço dessas coisas costuma ser ainda mais telúrico... E aparelhar isso com os restantes altifalantes de um sistema é obra...
Invoquei os órgãos de Igreja por serem gigantescos e também conseguirem níveis energéticos de rebentar com pace makers... Tirando isso, apenas determinados sistemas de PA de altíssima qualidade high end (sim, não é só no hifi que existe o high end!) conseguem reproduzir a devida energia requerida pelos artistas nos seus espectáculos... E nem todos conseguem pagar isso... Meter energia e níveis adequados de performance nos vários extractos de equipamento, de forma a colocar no público aquilo que o artista / banda idealizou é OBRA. E requer grandes engenheiros de som e grandes produtores!
No Rock, a maioria das obras (salvo algumas de orgão e electrónica) no grave, não desce muito dos 40Hz... Quero dizer que "para a maioria dos trabalhos de gravação" mais vale investir na melhor coluna possível que nos satisfaça (com o guito que temos disponível) para reproduzir naquela sala e não é necessário descer muito abaixo dos 35Hz.
Dou um exemplo que conheço bem... Umas vetustas e pouco conhecidas Reference Series 1800 Gold Monitor Audio (devidamente cabladas com DPA Black Sixteen), bass-reflex, que especificam 300W / 8 Ohms, alimentadas por algo tipo "par de B&K Components M-200", mínimo (podem debitar 150A de pico e com a corrente quiescente no máximo, cerca de 100W em class A e mais 100W disponíveis em class AB sobre 8 Ohms, 400W a 4 Ohms e por aí abaixo idem) e com fontes de qualidade, manda cá para fora energia e CONTROLO de grave que impressiona quase tanto como algum equipamento high end de PA (sound reinforcement) e isso é muito raro em equipamento hifi!!! Claro que não se pode abusar! Um dos belíssimos Gold tweeters deu o badagaio a reproduzir VHS hifi (sim, sim!!) com uma gravação superlativa e enfatizada (super equalizada) de Metallica para aí a 3/4 de volume... Claro que nessa época tinha um vizinho "muito compreensivo" no piso de baixo e o pessoal do Bairro devia desligar os rádios lá em casa porque tinham música de borla... Mas isso são outras conversas...
Estas mesmas colunas comem amplificadores de média e baixa capacidade de corrente... Cada unidade de médio grave tem um magneto que só visto no áudio de PA (são duas por coluna, D'Apollito)... Por comparação com o diafragma do cone que é 8" (20 cms)!!. Os testes que se apanham por aí reclamam de serem "apagadas", "baças" e nem por isso impressionantes... Pois, a amplificação conta... Determinadas faixas de órgão por exemplo dos The Cure (ou algumas gravações da área Industrial, como por exemplo, dos conhecidos Marilyn Manson), apenas as ouvi bem reproduzidas nestas colunas... Aquilo não apenas se ouve, sente-se acima de tudo...
Outras colunas que por acaso experimentei e me agradaram, dinamicamente falando, foram as Celestion DL8 II... Aqui com um também vetusto e stereo Musical Fidelity P-170... Atiram cá para fora sem constrangimento as entranhas dessas faixas que um tipo se tiver um cortinado na frente fica a pensar que raio de colunas de 1,20m estão lá atrás (isto anda pela metade)... Só muito depois li uns testes feitos a estas DL8 (series II - suspensão acústica) e percebi que o grave de 8" (!!) aguenta picos de 1000W!!!! Não será à toa que a Celestion continua uma referência no áudio profissional... Este amplificador P-170 já arqueológico, é simples e muito bem concebido! Usa cablagem solid core em todo o circuito (não há cá circuitos impressos) e apesar de especificado para 85W a 8Ohms, ainda atira com 105W se for preciso, com distorção menos "qualificada" neste caso, mas que não perturba o PMC... Adequadíssimo para o pessoal que gosta de Rock (dinâmica) e salas até uns 20m2... Garanto que não se sente falta de power nenhum!
Estas colunas de suspensão acústica costumam no geral sofrer de alguma menor capacidade dinâmica, mas isso é culpa de fraca amplificação usada. As irmãs mais pequenas das MA 1800, as Monitor Audio 3 (1ª série), com boa amplificação e cablagem que deixe fluir cá para fora aquilo que têm para dar, se usada uma cortina na frente, deixam o ouvinte a pensar que altifalantes de 25cms estarão ali a funcionar... Não, isto tem dois pituxos 5" e picos em paralelo e em configuração D'Apollito (tal como as manas 1800)... Com cablagem desadequada e amplificação fraca, o som era uma desilusão... Desta forma, pura e simplesmente "desaparecem"...
Sem nunca ter ido a concertos dos The Cure, Metallica, Marylin Manson, Motorhead, Moonspell, Peter Murphy, Genesis, Phields of Nephilim, 999, entre dezenas de outros, como raio poderia eu imaginar e montar sistemas dinamicamente preparados para este tipo de "reprodução"?????
Tudo isto para averbar e corroborar os belíssimos argumentos do estimado Rui Soares. Eu concordo e assino por baixo, quanto à sua "visão da coisa".
Rui Soares Membro AAP
Mensagens : 54 Data de inscrição : 26/08/2018 Idade : 104 Localização : Aqui
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 01:53
Mas já percebi que, se calhar, não vão gostar muito de mim por aqui
Mário Franco Membro AAP
Mensagens : 2494 Data de inscrição : 27/03/2013 Idade : 66
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 02:57
Rui Soares escreveu:
Mas já percebi que, se calhar, não vão gostar muito de mim por aqui
Conheci este fórum acidentalmente, aparecia recursivamente quando efectuava pesquisas sobre aparelhos vintage.
Acabei por me inscrever porque nessa altura havia uma diversidade de interesses e também uma variedade de perspectivas sobre os assuntos.
Havia quem se interessasse por equipamento profissional, vintage, por DIY, por esta ou aquela marca, por este ou aquele modelo, etc.
A maioria dessas vozes foi-se esbatendo, não me parece fácil compreender os motivos mas decerto existiram.
Porém, tenho a certeza que sempre que dois foristas protagonizam uma polémica e a levam até ao "duelo", todos perdem.
Perde quem ganha a polémica porque geralmente perde o interlocutor. Perde o fórum porque o vencido remete-se ao silêncio e na melhor das hipóteses vai aparecendo mas deixa de intervir.
Quando ao fim de um longo período se acumulam episódios destes, o fórum transforma-se num "samba de uma nota só".
Nos últimos tempos temos vivido essa contingente vida monocordica.
Por um lado baseada no conceito de que basta medir bem para garantir o sucesso absoluto, por outro lado um certo síndrome facebookista.
Não quero dizer que este ou aquele tipo de intervenção é negativa. Intervir é sempre um contributo. O que destrói não é o querer ter razão, o que destrói é criar no interlocutor a sensação de que é um nabo que anda por aqui aos papéis.
Não digo isto por me sentir vitimizado, até porque não tenho feitio para me sentir diminuído e também nunca fui vítima do martelo pneumático
Mas ainda há poucos dias um forista que teve um acolhimento céptico em relação ao seu equipamento, desabafou que por causa do descrédito é que não se pronunciava mais vezes.
Bem, parece-me que esta minha conversa deriva do adiantado da hora...
Quanto ao gostarem de si não faço ideia mas o importante é que enriqueça o fórum com ideias que alimentem o ecletismo.
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14344 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 11:29
galvaorod escreveu:
(...) simpatizo pouco com os artistas em pessoa, e não gosto de pessoas em geral. Mas gosto de ouvir música com qualidade, sozinho em isolamento em casa.
Suponho que o prezado companheiro reúne as condições necessárias para ser aceite como habitante de Marte.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 12:18
Este post está a começar a ser o cabo das Tormentas
Rui Soares Membro AAP
Mensagens : 54 Data de inscrição : 26/08/2018 Idade : 104 Localização : Aqui
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 12:34
Mário Franco escreveu:
Quanto ao gostarem de si não faço ideia mas o importante é que enriqueça o fórum com ideias que alimentem o ecletismo.
Eu estava a brincar. Já passei a fase da necessidade do reconhecimento dos outros em relação às minhas ideias, ao meu conhecimento ou o meu know ou em relação a seja o que for.
Eu vim aqui ao forum por necessidade (e agora é que vou perder a minha "credibilidade" entre os demais porque as pessoas são assim). Para reduzir uma longa história vou só explicar que porque assinei uma garantia bancária referente a um empréstimo faz uns 25 anos, encontro-me agora com uma dívida de mais de 7 milhões (isto depois de já nos terem tirado tudo) e literalmente sem dinheiro para comer.
Tenho algumas "peças" de audio e preciso urgentemente de as vender. Estão no olx e noutras plataformas já faz algumas semanas e nada. Para poder tentar vende-las aqui tinha que acomular pontos. Apresentar os meus pontos de vista em relação ao áudio pareceu-me uma maneira interessante de ganhar esses pontos.
É lógico que, como em relação a tudo o resto na vida, haverá alguém que vai concordar e alguém que não vai concordar com os pontos de vista de cada um. Até o Zappa concorda comigo nesse ponto, ou eu concordo com ele, se preferirem.
De qualquer forma, a experiência por aqui tem sido interessante. Eu no Quora tenho 8 milhões de views e mais não sei quantos "likes" principalmente com as minhas respostas em relação ao áudio (algumas em relação a religião e outras em relação à forma como se encara a vida) mas não ando á procura de popularidade nem a tentar vender nada a ninguém. Uso estas plataformas essencialmente para me ajudar a passar o tempo.
Enfim... é só a forma como as pessoas encaram a "vida social" online. Há quem procure popularidade e a "instant gratification" há quem tente vender, e há quem dedique o seu tempo por outras razões. Quando a razão principal não é a procura de popularidade nem a "venda" as coisas tornam se mais simples porque passamos a não nos preocuparmos com possíveis "reacções negativas" que venham de pessoas que não concordam com o nosso ponto de vista.
Ghost4u Membro AAP
Mensagens : 14344 Data de inscrição : 13/07/2010 Localização : Ilhéu Chão
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 12:34
Ainda aparecerá Bartolomeu Dias para torná-lo Cabo da Boa Esperança.
Rui Soares Membro AAP
Mensagens : 54 Data de inscrição : 26/08/2018 Idade : 104 Localização : Aqui
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 12:36
Ghost4u escreveu:
galvaorod escreveu:
(...) simpatizo pouco com os artistas em pessoa, e não gosto de pessoas em geral. Mas gosto de ouvir música com qualidade, sozinho em isolamento em casa.
Suponho que o prezado companheiro reúne as condições necessárias para ser aceite como habitante de Marte.
galvaorod Membro AAP
Mensagens : 1155 Data de inscrição : 14/04/2017
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 12:55
Rui Soares escreveu:
Ghost4u escreveu:
galvaorod escreveu:
(...) simpatizo pouco com os artistas em pessoa, e não gosto de pessoas em geral. Mas gosto de ouvir música com qualidade, sozinho em isolamento em casa.
Suponho que o prezado companheiro reúne as condições necessárias para ser aceite como habitante de Marte.
Não, Marte também não! Não gosto de marcianos!
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 13:02
Rui Soares escreveu:
(...) E no fundo é tudo uma questão de lógica. ... ... ... É tudo uma questão de lógica. ...
Caro Rui Soares, se tudo fosse uma questão de logica no audio ou na alta-fidelidade (hà que fazer esta diferença...) este forum, assim que todos os outros idênticos pelo mundo não existiriam. A vertente objectivista seria a lei e tudo seria conhecido, explicàvel, lógico! Ora não é o caso, e neste topico que põe uma questão simples sobre o "som" dos cabos, a discussão jà deriva em todas as direções menos no sentido de dar uma resposta ... portanto simples. Ver a reprodução musical como uma questão de logica e pretender dar uma explicação logica a todos os elementos incompreensiveis que abundam nesta disciplina, pareçe-me ousado (muito mesmo)...
Rui Soares escreveu:
... A gravação final, pouco tem a ver com o que se ouve em estúdio.
Digo eu. Há quem não concorde com a minha forma de "ver as coisas".
È verdade, da mesma maneira que o atum em conserva pouco tem a ver com o atum fresco, dai que eu tenha criado a expressão que o disco é "musica em conserva". Ora o objectivo da alta-fidelidade é de reproduzir o mais fielmente o que està no disco e nada mais. A partir deste constato, torna-se evidente que a reprodução domestica da musica (HiFi) tém uma obrigação de honestidade em relação à gravação (disco, banda, ficheiro, radio...) e não em relação ao que se passou no estudio, pois isso é a missão dos engenheiros do som, productores e prensadores...
Às vezes, a honestidade da reprodução é correcta ou mesmo muito boa mas o ouvinte não gosta, o resultado parece-lhe pouco eufonico. È aqui que o audio entra em ação e vamos juntar sal e pimenta ao som (cabos??!!!) até que as sonoridades nos pareçam agradàveis, familiares. Esta manipulação do sinal em contradição com a missão da alta-fidelidade explica a diferença entre audio e HiFi ...
Quanto a que hajam pessoas que não partilhem a sua maneira de pensar, como é o meu caso ... hà que estar feliz com isso. È na discussão saudàvel e respeituosa que aprendemos, duvidamos e crescemos. O pior na vida seria a visão total e estereotipada das coisas, então pensar diferentemente é estar "ainda" em vida. Viva a diferença !!!...
Rui Soares Membro AAP
Mensagens : 54 Data de inscrição : 26/08/2018 Idade : 104 Localização : Aqui
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 13:07
galvaorod escreveu:
Rui Soares escreveu:
Ghost4u escreveu:
galvaorod escreveu:
(...) simpatizo pouco com os artistas em pessoa, e não gosto de pessoas em geral. Mas gosto de ouvir música com qualidade, sozinho em isolamento em casa.
Suponho que o prezado companheiro reúne as condições necessárias para ser aceite como habitante de Marte.
Não, Marte também não! Não gosto de marcianos!
Há quem acredite que somos descendientes de marcianos
Pode até ser verdade. Quem sabe... Se calhar não gosta deles por essa mesma razão (porque descende deles)
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 13:36
galvaorod escreveu:
Não gosto de rock, não gosto de música ao vivo, principalmente de sentir os líquidos do corpo a vibrar com a barulheira, simpatizo pouco com os artistas em pessoa, e não gosto de pessoas em geral. ...
Como escreveu numa peça de teatro o Jean Paul sartre "L'enfer c'est les autres ...", mas depois ele explicou:
Mas "o inferno são os outros" sempre foi mal interpretado. Acreditava-se que eu queria dizer com isso que nossas relações com os outros sempre foram envenenadas, que eram sempre relatos infernais. Mas é outra coisa que quiz, quero dizer. Quero dizer que se os relacionamentos com os outros são distorcidos, falsos, então o outro só pode ser o inferno. Por quê? Porque os outros são, no fundo, o que é mais importante em nós mesmos, para o nosso próprio conhecimento de nós mesmos. Quando pensamos em nós mesmos, quando tentamos nos conhecer, no fundo usamos o conhecimento que os outros já têm sobre nós, vamos nos julgar com os meios que os outros nos deram - para nos julgar. O que quer que eu diga sobre mim mesmo, sempre o julgamento dos outros entra nele. Tudo o que eu sinto sobre mim mesmo, o julgamento dos outros entra nele. O que significa que se o meu relacionamento é ruim, eu coloco-me na total dependência dos outros e, de fato, estou no inferno. E há muitas pessoas no mundo que estão no inferno porque dependem muito do julgamento dos outros. Mas isso não significa que não possamos ter outras relações com os outros; simplesmente marca a importância primordial de todos os outros para cada um de nós...
PS: A minha primeira reação à sua frase foi violenta pois a "pessoa" que me diz abertamente que "não gosta de pessoas", enganou-se de espécie e deveria ser um urso polar ... ao menos fora as focas viveria sozinho! Mas o manto da civilisação invadiu-me e pensei no filosofo JP Sartre e assim transformei a minha resposta bélica em algo que pode dar uma faisca de reflexão. No entanto a frase ainda està atravessada na garganta ... e apesar dos meus esforços não passa, é dificil de engolir certas coisas ...
Fernando Mota Membro AAP
Mensagens : 2085 Data de inscrição : 31/12/2012 Idade : 49 Localização : Lisboa
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 14:50
Ghost4u escreveu:
galvaorod escreveu:
(...) simpatizo pouco com os artistas em pessoa, e não gosto de pessoas em geral. Mas gosto de ouvir música com qualidade, sozinho em isolamento em casa.
Suponho que o prezado companheiro reúne as condições necessárias para ser aceite como habitante de Marte.
Rui Soares Membro AAP
Mensagens : 54 Data de inscrição : 26/08/2018 Idade : 104 Localização : Aqui
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 15:01
TD124 escreveu:
...Ora o objectivo da alta-fidelidade é de reproduzir o mais fielmente o que està no disco e nada mais...
Em relação aos cabos eu expliquei-me bem num post anterior. São usados pelas pessoas como filtros sem a maior parte dos intervenientes entender que é isso que estão a fazer. Podem dizer que este ou aquele cabos são muito bons porque tem quarto de casal, casa de banho e, piscina mas, no fundo, o único cabo "bom" é aquele que não interfere de forma alguma com a passagem do sinal. E são poucos os cabos que de uma forma ou outra não interferem com o sinal.
Em relação à alta fidelidade penso que está equivocado. A reprodução de alta-fidelidade, ou hi-fi, é a reprodução de áudio com a maior fidelidade possível relativamente ao som real, não em relação a uma gravação. Para chegarmos à alta fidelidade temos de ter não só a captação mais fiel possível ao original juntamente com um sistema que consiga recriar a performance original.
O primeiro alto-falante dinâmico como conhecemos hoje foi construído em 1920 e era um "field coil". O C.W. Rice, da General Electric, juntamente com o E.W. Kellogg, da AT & T, trabalharam em Schenectady, Nova York, com o intuito de desenvolver o alto-falante e o primeiro sistema de amplificação elétrica. Criaram um protótipo funcional em 1921. Rice e Kellogg conseguiram assim resolver os problemas que as formas de de reprodução de audio anteriores apresentavam levando-os á reprodução de um som muito mais nítido do que alguma vez tinha sido possível até aquela data.
Houveram tentativas anteriores para na criação de alto-falantes mas a qualidade do som era inaceitável e abafado. O Rice e o Kellogg foram capazes de criar um producto que conseguiu a reprodução de uma gama de frequências suficientemente abrangente e necessária para atingir um som de áudio mais preciso. Foi assim que nasceu o primeiro full range. Em 1925, eles meteram as patentes e fizeram um discurso em St. Louis para a AIEE. Após vários anos de trabalho, aperfeiçoaram o alto falante acabando por criar o seu primeiro produto comercial chamado Radiola Loudspeaker #104. Começaram a ser vendidos em 1926 por US $ 250 (cerca de US $ 3.000 hoje em dia) e foram produzidos sob o nome da empresa RCA (Radio Corporation of America).
A Bell Laboratories começou a experimentar uma variedade de técnicas de gravação no início dos anos 30. Apresentações de Leopold Stokowski e da Orquestra de Filadélfia foram gravadas em 1931 e 1932 usando linhas telefônicas entre a Academia de Música de Filadélfia e os laboratórios da Bell em Nova Jersey.
O que levou a novos avanços usados principalmente pela MGM (já em 1937) e pela 20th Century-Fox Film Corporation (em 1941). A RCA Victor começou a gravar performances de várias orquestras por volta de 1941, resultando no aparecimento dos discos de 78 rpm. Durante a década de 1930, Avery Fisher, um violinista amador, começou a experimentar o design de áudio e a acústica. O Avery queria criar um rádio que soasse como se estivesse a ouvir uma orquestra ao vivo ou que alcançasse a fidelidade do som original.
A partir de 1948, várias inovações criaram as condições que possibilitaram grandes melhorias na qualidade de áudio em casa. Nos documentos publicados da mesma época por Harry Ferdinand Olson ele determinou que os alto falantes deveriam ter compartimentos e que estes deveriam ter a forma curva como a de uma uma lâmpada doméstica. O Dr. Olson originou o desenvolvimento científico de colunas de áudio enquanto trabalhava na RCA e foi também é um dos inventores do Sintetizador, do Videotape analógico e do Digital Video Disk. Ele formou-se em física atômica pela Universidade de Iowa.
Mas para resumir este post que já vai longo, a procura foi sempre pela reprodução mais fiel possível em relação ao som original.
. E mesmo que fosse para ser fiel á dita gravação como referiu, então aí teria que ir ao estúdio específico onde foi feita a referida gravação e ouvir o som reproduzido no estúdio com o sistema de audio do estúdio para poder ter um termo de comparação realista. De outra forma está apenas a comparar um sistema que ouviu algures com o seu sistema. Não o "original" exatamente como o engenheiro de som que estava por trás da mesa ou da DAW criou.
Único Membro AAP
Mensagens : 54 Data de inscrição : 26/08/2018
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 16:45
Rui Soares escreveu:
Mário Franco escreveu:
Quanto ao gostarem de si não faço ideia mas o importante é que enriqueça o fórum com ideias que alimentem o ecletismo.
Eu estava a brincar. Já passei a fase da necessidade do reconhecimento dos outros em relação às minhas ideias, ao meu conhecimento ou o meu know ou em relação a seja o que for.
Eu vim aqui ao forum por necessidade (e agora é que vou perder a minha "credibilidade" entre os demais porque as pessoas são assim). Para reduzir uma longa história vou só explicar que porque assinei uma garantia bancária referente a um empréstimo faz uns 25 anos, encontro-me agora com uma dívida de mais de 7 milhões (isto depois de já nos terem tirado tudo) e literalmente sem dinheiro para comer.
Tenho algumas "peças" de audio e preciso urgentemente de as vender. Estão no olx e noutras plataformas já faz algumas semanas e nada. Para poder tentar vende-las aqui tinha que acomular pontos. Apresentar os meus pontos de vista em relação ao áudio pareceu-me uma maneira interessante de ganhar esses pontos.
É lógico que, como em relação a tudo o resto na vida, haverá alguém que vai concordar e alguém que não vai concordar com os pontos de vista de cada um. Até o Zappa concorda comigo nesse ponto, ou eu concordo com ele, se preferirem.
De qualquer forma, a experiência por aqui tem sido interessante. Eu no Quora tenho 8 milhões de views e mais não sei quantos "likes" principalmente com as minhas respostas em relação ao áudio (algumas em relação a religião e outras em relação à forma como se encara a vida) mas não ando á procura de popularidade nem a tentar vender nada a ninguém. Uso estas plataformas essencialmente para me ajudar a passar o tempo.
Enfim... é só a forma como as pessoas encaram a "vida social" online. Há quem procure popularidade e a "instant gratification" há quem tente vender, e há quem dedique o seu tempo por outras razões. Quando a razão principal não é a procura de popularidade nem a "venda" as coisas tornam se mais simples porque passamos a não nos preocuparmos com possíveis "reacções negativas" que venham de pessoas que não concordam com o nosso ponto de vista.
Estimado Rui Soares, é que nem de propósito, então não é que eu no início dos anos 2000 fui idiota (desta vez não é audiota, é mesmo idiota!) de ser fiador de um tipo que era vendedor de uma imobiliária (quer dizer, da "namorada" dele)... O que resultou foi que assim que vendeu o apartamento, deixou a fulana e voltou para a mulher. O prémio já lá estava no bolso. Claro que a senhora pirou da cabeça e meteu-se nos copos, perdeu o trabalho... E foram 10 longos anos de guerra a ver se aceitava uma proposta para eu ficar com a propriedade e me livrar do Banco. Não, ela queria era mais dinheiro!... Gente não menos idiota mas para o lado negativo...
Tive de fazer uma coisa que lhe recomendo vivamente! Uma insolvência em nome pessoal. Não sem muitos anos antes ter protegido os meus bens e propriedade, vendido o apartamento e ter o cuidado de garantir que não prejudicava a minha filhota (aumentando para o dobro a pensão de alimentos). Cuidado apenas porque tudo o que for feito num espaço de 2 anos antes da entrada do processo, pode ser considerado "falcatrua" mas isso depende do Juiz e vale a pena arriscar.
Em 4 anos (e não 5 anos) desde o início e não desde o encerramento da insolvência, livrei-me de tudo por liquidação total da dívida (o apartamento entretanto foi entregue em dacção ao Banco) e com exoneração do passivo. Ou seja, estou LIVRE!!! Claro que um tiro nos cornos (perdoe-se a linguagem) do aldrabão e vigarista que me levou a "ajudá-lo" era muito bem metido... Mas estragava a vida toda.
Fale com um bom advogado (posso recomendar a minha que é "especialista" no assunto). E é avançar quanto antes! Senão fica completamente na miséria e sem dinheiro para nada...
Quanto a equipamento, gostava de saber o que é por favor. Sugiro por isto tudo que me envie uma mensagem pessoal porque isto não é do domínio deste Fórum. Se puder ajudar com alguma coisa já fico contente. Abraço e respeito.
Único Membro AAP
Mensagens : 54 Data de inscrição : 26/08/2018
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 17:21
TD124 escreveu:
Rui Soares escreveu:
(...) E no fundo é tudo uma questão de lógica. ... ... ... É tudo uma questão de lógica. ...
Caro Rui Soares, se tudo fosse uma questão de logica no audio ou na alta-fidelidade (hà que fazer esta diferença...) este forum, assim que todos os outros idênticos pelo mundo não existiriam. A vertente objectivista seria a lei e tudo seria conhecido, explicàvel, lógico! Ora não é o caso, e neste topico que põe uma questão simples sobre o "som" dos cabos, a discussão jà deriva em todas as direções menos no sentido de dar uma resposta ... portanto simples. Ver a reprodução musical como uma questão de logica e pretender dar uma explicação logica a todos os elementos incompreensiveis que abundam nesta disciplina, pareçe-me ousado (muito mesmo)...
Rui Soares escreveu:
... A gravação final, pouco tem a ver com o que se ouve em estúdio.
Digo eu. Há quem não concorde com a minha forma de "ver as coisas".
È verdade, da mesma maneira que o atum em conserva pouco tem a ver com o atum fresco, dai que eu tenha criado a expressão que o disco é "musica em conserva". Ora o objectivo da alta-fidelidade é de reproduzir o mais fielmente o que està no disco e nada mais. A partir deste constato, torna-se evidente que a reprodução domestica da musica (HiFi) tém uma obrigação de honestidade em relação à gravação (disco, banda, ficheiro, radio...) e não em relação ao que se passou no estudio, pois isso é a missão dos engenheiros do som, productores e prensadores...
Às vezes, a honestidade da reprodução é correcta ou mesmo muito boa mas o ouvinte não gosta, o resultado parece-lhe pouco eufonico. È aqui que o audio entra em ação e vamos juntar sal e pimenta ao som (cabos??!!!) até que as sonoridades nos pareçam agradàveis, familiares. Esta manipulação do sinal em contradição com a missão da alta-fidelidade explica a diferença entre audio e HiFi ...
Quanto a que hajam pessoas que não partilhem a sua maneira de pensar, como é o meu caso ... hà que estar feliz com isso. È na discussão saudàvel e respeituosa que aprendemos, duvidamos e crescemos. O pior na vida seria a visão total e estereotipada das coisas, então pensar diferentemente é estar "ainda" em vida. Viva a diferença !!!...
Estimado TD124, pode juntar-me ao estimado Rui Soares, porque eu - como já se entendeu - não partilho em absoluto do seu ponto de vista.
Cada um pode fazer com a reprodução áudio hifi o que muito bem quiser e que eu saiba não há um Livrinho Vermelho para ouvir música e conjugar equipamentos para o efeito.
Portanto, NEGO veementemente que isto do hifi tenha algo a ver com DOGMAS ou preceitos e preconceitos que visem "exclusivamente" reproduzir a música gravada o melhor possível. Eu sou o melhor exemplo disso mesmo é já o comprovei. O estimado Rui Soares é outro. O facto de "pensar o áudio hifi" como um processo "comercial" de comprar produtos de reprodução para usar como fontes "música gravada" é um entendimento APENAS seu e de quem pensa isto como o estimado TD124.
Posto isso, essa é a SUA posição na matéria e não pode afirmar que é a ÚNICA possível. Quero dizer com isto que o estimado Rui Soares tem de facto razão (e a lógica nem é para aqui chamada!) quando utiliza o padrão de "artista-instrumento ao vivo-concertos" e não APENAS o padrão "disco-fita".
Há que ser aberto e observar o hifi da forma como cada um a entende. Eu aceito o seu ponto de vista (senão contrariava o que acabei de afirmar) mas o caro não pode afirmar que utilizar como referência o SOM ao vivo (de músicos, música e instrumentos) é ERRADO no áudio hifi. Esse é um conceito SEU, não dos que pensam como eu e outros como eu.
Cada um fará da audição da tal "música gravada" a utilização que muito bem entende. Mas insisto que se o contexto fosse apenas "reproduzir música gravada", o pessoal da contrafacção estava ainda mais rico! Bastava meter o Quim Barreiros numa fita a partir de um gravador de cartuchos de 20 euros e está a andar na feira...
Curiosamente, TODOS os que se dedicam ao fabrico dos instrumentos de som, mais os engenheiros e produtores de som, os artistas e o pessoal dos PA, se preocupam em colocar o artista a "brilhar" e a sua música de uma forma fiel e que seja reproduzível ai vivo... Então o maralhal em casa só se pode preocupar com a reprodução do som gravado porque carga de água????
Cito o meu entendimento muito mais abrangente sobre o áudio hifi, para ver se fica claro. Trata-se de: "ser o mais fiel possível na SATISFAÇÃO e no PRAZER que cada um retira da audição de música, utilizando da melhor forma os componentes (hardware e software), com vista a reproduzir a música gravada de acordo com o objectivo que cada um determina como correcto".
Obviamente, partilho completamente do ponto de vista e das excelentes justificações históricas e pessoais do estimado Rui Soares, nesta matéria.
Última edição por Único em Dom Set 16 2018, 17:32, editado 1 vez(es)
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 17:31
Rui Soares escreveu:
...Em relação à alta fidelidade penso que está equivocado. A reprodução de alta-fidelidade, ou hi-fi, é a reprodução de áudio com a maior fidelidade possível relativamente ao som real, não em relação a uma gravação. Para chegarmos à alta fidelidade temos de ter não só a captação mais fiel possível ao original juntamente com um sistema que consiga recriar a performance original. ...
Durante um momento pensei que tinha mal escrito o meu pensamento e dado a entender que a alta fidelidade não ultrapassava o dominio da escuta doméstica. Mas, escrevi bem que a gravação é algo do dominio dos engenheiros e é a eles de assegurar a fidelidade da gravação:
TD124 escreveu:
... A partir deste constato, torna-se evidente que a reprodução domestica da musica (HiFi) tém uma obrigação de honestidade em relação à gravação (disco, banda, ficheiro, radio...) e não em relação ao que se passou no estudio, pois isso é a missão dos engenheiros do som, productores e prensadores...
A gravação possui então em si todos os elementos que devem ser respeitados numa escuta doméstica, e neste forum abordamos quase exclusivamente a escuta doméstica. A gravação é então o elemento original da alta fidelidade no nosso contexto ... e da lealdade à gravação depende a noção de fidelidade ou de coloração!
Um disco gravado com graves empolgados ... deve dar graves empolgados na sala e etc, etc...
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 17:50
Único escreveu:
... Estimado TD124, pode juntar-me ao estimado Rui Soares, porque eu - como já se entendeu - não partilho em absoluto do seu ponto de vista. ...
E não é o unico caro Único ... e ainda bem
Único Membro AAP
Mensagens : 54 Data de inscrição : 26/08/2018
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 17:51
TD124 escreveu:
Rui Soares escreveu:
...Em relação à alta fidelidade penso que está equivocado. A reprodução de alta-fidelidade, ou hi-fi, é a reprodução de áudio com a maior fidelidade possível relativamente ao som real, não em relação a uma gravação. Para chegarmos à alta fidelidade temos de ter não só a captação mais fiel possível ao original juntamente com um sistema que consiga recriar a performance original. ...
Durante um momento pensei que tinha mal escrito o meu pensamento e dado a entender que a alta fidelidade não ultrapassava o dominio da escuta doméstica. Mas, escrevi bem que a gravação é algo do dominio dos engenheiros e é a eles de assegurar a fidelidade da gravação:
TD124 escreveu:
... A partir deste constato, torna-se evidente que a reprodução domestica da musica (HiFi) tém uma obrigação de honestidade em relação à gravação (disco, banda, ficheiro, radio...) e não em relação ao que se passou no estudio, pois isso é a missão dos engenheiros do som, productores e prensadores...
A gravação possui então em si todos os elementos que devem ser respeitados numa escuta doméstica, e neste forum abordamos quase exclusivamente a escuta doméstica. A gravação é então o elemento original da alta fidelidade no nosso contexto ... e da lealdade à gravação depende a noção de fidelidade ou de coloração!
Um disco gravado com graves empolgados ... deve dar graves empolgados na sala e etc, etc...
Estimado TD124... Não adianta "bater no ceguinho". O pessoal já entendeu... Mas repito que não é bem assim. Não pode generalizar.
Eu tento utilizar tudo o que está ao meu alcance para colocar o som em casa de "alta fidelidade" doméstica a soar como se estivesse no concerto com os artistas na minha frente. E o mais próximo possível do som natural da "alta fidelidade" do PA, do instrumento, do "envolvimento emocional com a performance" e não apenas do que foi "encaixado na fonte gravada".
Se foi a bons concertos, saberá que existe também alta ou baixa fidelidade num concerto. E até vou mais longe, porque essa "alta fidelidade" da reprodução de música ao vivo é o "produto original", a partir do qual os engenheiros de som "gravam" aquilo que o estimado TD124 se entretém a ouvir lá em casa, como muito bem assim o entende. E olhe que nem tudo é gravado num estúdio!!!! Há excelentes gravações de concertos ao vivo, que são belíssimos exemplos do que afirmo. E também há horrorosas produções, quer de uns, quer dos outros, o que vem a demonstrar que terei algum fundamento. É que "reproduzir coisas horrorosas do ponto de vista técnico ou de interpretação em produção" não pode ser aceitável em hifi doméstico... Simplesmente deita-se o disco fora ou não se adquire.
O "ideal" seria gravar os artistas ao vivo de tal forma que tal pudesse ser reproduzido em casa com imensa satisfação. Mas para isso, todos os intervenientes na gravação partem do artista e não de quem irá ouvir aquilo lá em casa. Esses, "desenrasquem-se" com o som lá em casa...
É por isso que não se irá conseguir senão ser fiel ao "gravado" se não frequentamos os concertos e a música ao vivo. E só aí podemos julgar o bom ou mau trabalho de produção. Não se irá comparar com outras gravações! Mas sim com os vários concertos. Perceber a alta fidelidade no som de PA é fundamental para se perceber a alta fidelidade doméstica. Para mim é claro. E quem diz PA diz do microfone ou do simples instrumento ou voz num concerto de fado...
Com o hifi doméstico tenta-se reproduzir a música gravada tal como gostamos de a ouvir. Não de um ponto de vista absoluto, porque isso não existe senão no tal concerto ao vivo. E onde se nota mais é na "tensão", na energia e dinâmica possível de ser transparecida, com repercussão directa no timbre da voz ou do instrumento. Se no lugar de se ouvirem "tweeters" e "woofers" em casa, se ouvissem antes os dos concertos de qualidade iríamos perceber como estamos a ser fracos e débeis nos aspectos dinâmicos da reprodução doméstica.
O problema não é "reproduzir graves empolgados" gravados num disco em casa. É perceber porque raio aquilo não está empolgado coisa nenhuma tal como seria suposto estar. E tentar "melhorar" as falhas da reprodução afinando o sistema para esses pressupostos. Não existe a reprodução perfeita de som gravado, senão ao vivo, que é de onde vêm as referências.
Recordo alguns bons concertos nas primeiras edições das exposições da revista Audio, onde iam tocar ao vivo e se comparava isso com a audição hifi... Por alguma razão se fez esta comparação...
Voltando aos cabos, devem permitir FLUIR toda a energia contida na gravação e como são sempre de facto "objectos de filtragem" (que não deviam ser, mas também nenhum componente deixa de o ser) então que se procurem os que favorecem também a dinâmica e não os que favorecem apenas o timbre, o detalhe ou a "menor distorção" por emparelhamento de impedâncias ou capacitâncias. Mas lá está, depende do que cada um entende do PMC lá em casa e daquilo que gosta ou prefere ouvir.
Claro que lido melhor com os que se envolvem emocionalmente com a música do que com os que apenas ouvem aparelhos...
Última edição por Único em Dom Set 16 2018, 18:10, editado 1 vez(es)
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 18:08
As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras. -
O Friedrich Nietzsche elaborou esta máxima após ler este tópico.
Mas depois de 30 anos de enorme evolução os cabos, ainda existe alguém por aqui que tem alguma dúvida das propriedades sonoras de todos os cabos?
Se tem, não compre!
Único Membro AAP
Mensagens : 54 Data de inscrição : 26/08/2018
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 18:18
Alexandre Vieira escreveu:
As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras. -
O Friedrich Nietzsche elaborou esta máxima após ler este tópico.
Mas depois de 30 anos de enorme evolução os cabos, ainda existe alguém por aqui que tem alguma dúvida das propriedades sonoras de todos os cabos?
Se tem, não compre!
Sim, estimado Alexandre Vieira, este tópico já tem mais de filosofia (e sociologia) do que do tema do tópico.
Eu apenas contesto os balúrdios sem nexo algum que são pedidos por muitos honestos fabricantes de cablagem. Por não ser rico, é claro... E por entender que mais importante que cabos topo de gama é a satisfação e o prazer obtido com a reprodução musical...
Que raio de prazer se consegue obter se, de cada vez que colocamos a cabeça Koetsu Blue Lace no disco, rezamos para não nos enganarmos na espira ou no disco e não partimos a agulha... O se pensamos no valor da subsituição da dita agulha por desgaste natural da mesma...
Mas lá está... Nem todos são pobres e indigentes... No entanto, como "produtos comerciais" que são, estudar um pouco do Marketing da coisa permite pelo menos poder obter larga satisfação mas ao contrário. Ou seja, ficarmos contentes por termos poupado uma data de massa e termos aquele som em casa.
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 18:28
Eu nunca soube o que eram cabos normais...
Até porque os cabos do chinês existem tipologias com identidades sonoras completamente diferentes.
Este tópico não tem qualquer sentido em termos de fazerem ou não diferença. Tudo faz diferença.
E concordo que os cabos não nos trazem mais felicidade. Podem trazer é mais fidelidade (sonora claro... )
Rui Soares Membro AAP
Mensagens : 54 Data de inscrição : 26/08/2018 Idade : 104 Localização : Aqui
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 19:22
Alexandre Vieira escreveu:
...Podem trazer é mais fidelidade (sonora claro... )
Tem dias....
Rui Soares Membro AAP
Mensagens : 54 Data de inscrição : 26/08/2018 Idade : 104 Localização : Aqui
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 19:33
Único escreveu:
TD124 escreveu:
Rui Soares escreveu:
(...) E no fundo é tudo uma questão de lógica. ... ... ... É tudo uma questão de lógica. ...
Caro Rui Soares, se tudo fosse uma questão de logica no audio ou na alta-fidelidade (hà que fazer esta diferença...) este forum, assim que todos os outros idênticos pelo mundo não existiriam.
Quando me referi á lógica, referi-me ao facto de termos de conhecer o som real criado pelos diversos instrumentos para podermos usar isso como termo de comparação em relação aquilo que estamos a ouvir.
Imagine que tem um sistema razoavelmente bom. E imagine que nunca ouviu um instrumento a não ser através do sistema de som do seu vizinho.
Como é que vai perceber qual o sistema que responde de uma forma mais realista em relação à performance original?
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Dom Set 16 2018, 21:48
Único escreveu:
Estimado TD124, pode juntar-me ao estimado Rui Soares, porque eu - como já se entendeu - não partilho em absoluto do seu ponto de vista.
Cada um pode fazer com a reprodução áudio hifi o que muito bem quiser e que eu saiba não há um Livrinho Vermelho para ouvir música e conjugar equipamentos para o efeito.
Portanto, NEGO veementemente que isto do hifi tenha algo a ver com DOGMAS ou preceitos e preconceitos que visem "exclusivamente" reproduzir a música gravada o melhor possível. Eu sou o melhor exemplo disso mesmo é já o comprovei. O estimado Rui Soares é outro. O facto de "pensar o áudio hifi" como um processo "comercial" de comprar produtos de reprodução para usar como fontes "música gravada" é um entendimento APENAS seu e de quem pensa isto como o estimado TD124.
Posto isso, essa é a SUA posição na matéria e não pode afirmar que é a ÚNICA possível. Quero dizer com isto que o estimado Rui Soares tem de facto razão (e a lógica nem é para aqui chamada!) quando utiliza o padrão de "artista-instrumento ao vivo-concertos" e não APENAS o padrão "disco-fita".
Há que ser aberto e observar o hifi da forma como cada um a entende. Eu aceito o seu ponto de vista (senão contrariava o que acabei de afirmar) mas o caro não pode afirmar que utilizar como referência o SOM ao vivo (de músicos, música e instrumentos) é ERRADO no áudio hifi. Esse é um conceito SEU, não dos que pensam como eu e outros como eu.
Cada um fará da audição da tal "música gravada" a utilização que muito bem entende. Mas insisto que se o contexto fosse apenas "reproduzir música gravada", o pessoal da contrafacção estava ainda mais rico! Bastava meter o Quim Barreiros numa fita a partir de um gravador de cartuchos de 20 euros e está a andar na feira...
Curiosamente, TODOS os que se dedicam ao fabrico dos instrumentos de som, mais os engenheiros e produtores de som, os artistas e o pessoal dos PA, se preocupam em colocar o artista a "brilhar" e a sua música de uma forma fiel e que seja reproduzível ai vivo... Então o maralhal em casa só se pode preocupar com a reprodução do som gravado porque carga de água????
Cito o meu entendimento muito mais abrangente sobre o áudio hifi, para ver se fica claro. Trata-se de: "ser o mais fiel possível na SATISFAÇÃO e no PRAZER que cada um retira da audição de música, utilizando da melhor forma os componentes (hardware e software), com vista a reproduzir a música gravada de acordo com o objectivo que cada um determina como correcto".
Obviamente, partilho completamente do ponto de vista e das excelentes justificações históricas e pessoais do estimado Rui Soares, nesta matéria.
High-fidelity não é um conceito subjectivo, trata da reprodução tão fiel quanto possível do sinal gravado.
O resto é outra coisa...audio?
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Seg Set 17 2018, 10:22
Rui Soares escreveu:
Único escreveu:
TD124 escreveu:
Rui Soares escreveu:
(...) E no fundo é tudo uma questão de lógica. ... ... ... É tudo uma questão de lógica. ...
Caro Rui Soares, se tudo fosse uma questão de logica no audio ou na alta-fidelidade (hà que fazer esta diferença...) este forum, assim que todos os outros idênticos pelo mundo não existiriam.
Quando me referi á lógica, referi-me ao facto de termos de conhecer o som real criado pelos diversos instrumentos para podermos usar isso como termo de comparação em relação aquilo que estamos a ouvir.
Imagine que tem um sistema razoavelmente bom. E imagine que nunca ouviu um instrumento a não ser através do sistema de som do seu vizinho.
Como é que vai perceber qual o sistema que responde de uma forma mais realista em relação à performance original?
E convém não esquecer a necessidade de se utilizar gravações adequadas para o efeito. Um piano gravado desta forma nunca irá assemelhar-se áquilo que escutamos num recital ao vivo:
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Seg Set 17 2018, 10:45
ricardo onga-ku escreveu:
Rui Soares escreveu:
Único escreveu:
TD124 escreveu:
Rui Soares escreveu:
(...) E no fundo é tudo uma questão de lógica. ... ... ... É tudo uma questão de lógica. ...
Caro Rui Soares, se tudo fosse uma questão de logica no audio ou na alta-fidelidade (hà que fazer esta diferença...) este forum, assim que todos os outros idênticos pelo mundo não existiriam.
Quando me referi á lógica, referi-me ao facto de termos de conhecer o som real criado pelos diversos instrumentos para podermos usar isso como termo de comparação em relação aquilo que estamos a ouvir.
Imagine que tem um sistema razoavelmente bom. E imagine que nunca ouviu um instrumento a não ser através do sistema de som do seu vizinho.
Como é que vai perceber qual o sistema que responde de uma forma mais realista em relação à performance original?
E convém não esquecer a necessidade de se utilizar gravações adequadas para o efeito. Um piano gravado desta forma nunca irá assemelhar-se áquilo que escutamos num recital ao vivo:
Eu uso a voz como referência!
Mário Franco Membro AAP
Mensagens : 2494 Data de inscrição : 27/03/2013 Idade : 66
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Seg Set 17 2018, 11:09
ricardo onga-ku escreveu:
High-fidelity não é um conceito subjectivo, trata da reprodução tão fiel quanto possível do sinal gravado.
Hi-Fi é um conceito superlativamente subjectivo porque ao longo dos tempos com a evolução tecnológica e a prevalência do consumismo a noção de Hi-Fi vai mudando.
Portanto uma coisa que hoje é e amanhã, mantendo as suas propriedades originais, deixou de ser, é mais do que subjectiva, é uma mentira.
Concretizemos:
Hi-Fi em mono 1950
Hi-Fi em stereo 1957 onde já se confabulavam os "optimismos do áudio" o discurso pouco mudou
Depois em 1960 isto era Hi-Fi
"
Mais tarde em 1970 (um equipamento que nenhum Hi-Faista tem a coragem de apresentar aos amigos nos nossos dias)
" />
E podiamos continuar até aos nossos dias mas creio que me faço entender.
Podemos acrescentar reticências ...
Tendo em atenção este fenómeno de desactualização é evidente que os equipamentos com "pedigree", que hoje nos orgulhamos de apresentar como os fidelíssimos, serão amanhã lixo tecnológico.
Portanto o conceito de Hi-Fi aponta para um ideal não aponta para uma realidade.
Um ideal não é algo substancialmente subjectivo ???????????
Assim sendo eu opto e sempre optei por ouvir de tudo sem preconceitos.
Vou até mais longe, gosto de ouvir aparelhos antigos (lixo tecnológico) por isso os colecciono, tenho gozado e aprendido bastante com isso.
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Seg Set 17 2018, 12:28
Não concordo. O objetivo é sempre o mesmo mas os avanços tecnológicos vão permitindo, potencialmente, a obtenção de uma maior fidelidade.
Mário Franco Membro AAP
Mensagens : 2494 Data de inscrição : 27/03/2013 Idade : 66
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Seg Set 17 2018, 12:44
ricardo onga-ku escreveu:
Não concordo. O objetivo é sempre o mesmo mas os avanços tecnológicos vão permitindo, potencialmente, a obtenção de uma maior fidelidade.
Tem todo o direito de não concordar aliás até é bom que não concorde para eu poder continuar (sem sucesso) a contrariá-lo
Mário Franco Membro AAP
Mensagens : 2494 Data de inscrição : 27/03/2013 Idade : 66
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Seg Set 17 2018, 13:01
galvaorod escreveu:
(...) e não gosto de pessoas em geral (...)
Também não gosto das pessoas em geral só gosto das pessoas individualmente e é quando passaram com nota positiva no processo de avaliação.
Mas obviamente isso não quer dizer que deteste as pessoas em geral (o que é uma outra coisa que pode ser confundida com a primeira mas que na verdade é o seu oposto).
A língua portuguesa é lixada ( se calhar são todas).
As pessoas em geral são a multidão e a multidão tem um triste passado de barbaridade, por trás da multidão oculta-se a desresponsibilização do indivíduo a qual pode produzir resultados catrastróficos.
Á multidão nem o Direito se aplica, qual é o tribunal que pode julgar e condenar uma multidão que tenha cometido o linchamento de um inocente?
Qual é o tribunal que pode julgar e condenar uma multidão que debandou em correria num recinto de espectáculos que começou a arder e na sua debandada pisou e matou os desgraçados que ao fugir cairam no chão?
Até o Jean Paul Sartre, tanto quanto se sabe não era amante de gente em geral, o que ele apreciava mesmo muito eram as meninas em particular
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Seg Set 17 2018, 14:21
Mário Franco escreveu:
galvaorod escreveu:
(...) e não gosto de pessoas em geral (...)
...A língua portuguesa é lixada ( se calhar são todas).
As pessoas em geral são a multidão e a multidão tem um triste passado de barbaridade, por trás da multidão oculta-se a desresponsibilização do indivíduo a qual pode produzir resultados catrastróficos. ...
Eu vejo que a língua portuguesa é complexa e que eu entendi exatamente o oposto do que o amigo galvaorod queria dizer ... eu sou realmente muito ruim por causa da pobre compreensão da minha língua materna.
Ao mesmo tempo, nunca pensei que as pessoas em geral significavam a multidão ... eu realmente tenho que comprar um diccionário para evitar tais mal entendidos!
Resta-me expressar minhas direitas desculpas ao amigo "galvaorod" e deixar o tópico seguir seu caminho
(Texto escrito em françês e traduzido pelo Google afim de evitar as màs interpretações)
Mário Franco Membro AAP
Mensagens : 2494 Data de inscrição : 27/03/2013 Idade : 66
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Seg Set 17 2018, 14:44
Alexandre Vieira escreveu:
ricardo onga-ku escreveu:
Rui Soares escreveu:
Único escreveu:
TD124 escreveu:
Rui Soares escreveu:
(...) E no fundo é tudo uma questão de lógica. ... ... ... É tudo uma questão de lógica. ...
Caro Rui Soares, se tudo fosse uma questão de logica no audio ou na alta-fidelidade (hà que fazer esta diferença...) este forum, assim que todos os outros idênticos pelo mundo não existiriam.
Quando me referi á lógica, referi-me ao facto de termos de conhecer o som real criado pelos diversos instrumentos para podermos usar isso como termo de comparação em relação aquilo que estamos a ouvir.
Imagine que tem um sistema razoavelmente bom. E imagine que nunca ouviu um instrumento a não ser através do sistema de som do seu vizinho.
Como é que vai perceber qual o sistema que responde de uma forma mais realista em relação à performance original?
E convém não esquecer a necessidade de se utilizar gravações adequadas para o efeito. Um piano gravado desta forma nunca irá assemelhar-se áquilo que escutamos num recital ao vivo:
Eu uso a voz como referência!
Eu também usava mas depois o "psi" receitou-me um medicamento e deixei de ouvir vozes
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Seg Set 17 2018, 16:11
Mário Franco escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
ricardo onga-ku escreveu:
Rui Soares escreveu:
Único escreveu:
TD124 escreveu:
Rui Soares escreveu:
(...) E no fundo é tudo uma questão de lógica. ... ... ... É tudo uma questão de lógica. ...
Caro Rui Soares, se tudo fosse uma questão de logica no audio ou na alta-fidelidade (hà que fazer esta diferença...) este forum, assim que todos os outros idênticos pelo mundo não existiriam.
Quando me referi á lógica, referi-me ao facto de termos de conhecer o som real criado pelos diversos instrumentos para podermos usar isso como termo de comparação em relação aquilo que estamos a ouvir.
Imagine que tem um sistema razoavelmente bom. E imagine que nunca ouviu um instrumento a não ser através do sistema de som do seu vizinho.
Como é que vai perceber qual o sistema que responde de uma forma mais realista em relação à performance original?
E convém não esquecer a necessidade de se utilizar gravações adequadas para o efeito. Um piano gravado desta forma nunca irá assemelhar-se áquilo que escutamos num recital ao vivo:
Eu uso a voz como referência!
Eu também usava mas depois o "psi" receitou-me um medicamento e deixei de ouvir vozes
Tantos anos de catequese para nada...
Mário Franco Membro AAP
Mensagens : 2494 Data de inscrição : 27/03/2013 Idade : 66
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Seg Set 17 2018, 16:35
ricardo onga-ku escreveu:
Mário Franco escreveu:
Alexandre Vieira escreveu:
ricardo onga-ku escreveu:
Rui Soares escreveu:
Único escreveu:
TD124 escreveu:
Rui Soares escreveu:
(...) E no fundo é tudo uma questão de lógica. ... ... ... É tudo uma questão de lógica. ...
Caro Rui Soares, se tudo fosse uma questão de logica no audio ou na alta-fidelidade (hà que fazer esta diferença...) este forum, assim que todos os outros idênticos pelo mundo não existiriam.
Quando me referi á lógica, referi-me ao facto de termos de conhecer o som real criado pelos diversos instrumentos para podermos usar isso como termo de comparação em relação aquilo que estamos a ouvir.
Imagine que tem um sistema razoavelmente bom. E imagine que nunca ouviu um instrumento a não ser através do sistema de som do seu vizinho.
Como é que vai perceber qual o sistema que responde de uma forma mais realista em relação à performance original?
E convém não esquecer a necessidade de se utilizar gravações adequadas para o efeito. Um piano gravado desta forma nunca irá assemelhar-se áquilo que escutamos num recital ao vivo:
Eu uso a voz como referência!
Eu também usava mas depois o "psi" receitou-me um medicamento e deixei de ouvir vozes
Tantos anos de catequese para nada...
Ou como se diz além Tejo: "quem é que vai com um burro destes à feira"
galvaorod Membro AAP
Mensagens : 1155 Data de inscrição : 14/04/2017
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Seg Set 17 2018, 16:43
ricardo onga-ku escreveu:
Rui Soares escreveu:
Único escreveu:
TD124 escreveu:
Rui Soares escreveu:
(...) E no fundo é tudo uma questão de lógica. ... ... ... É tudo uma questão de lógica. ...
Caro Rui Soares, se tudo fosse uma questão de logica no audio ou na alta-fidelidade (hà que fazer esta diferença...) este forum, assim que todos os outros idênticos pelo mundo não existiriam.
Quando me referi á lógica, referi-me ao facto de termos de conhecer o som real criado pelos diversos instrumentos para podermos usar isso como termo de comparação em relação aquilo que estamos a ouvir.
Imagine que tem um sistema razoavelmente bom. E imagine que nunca ouviu um instrumento a não ser através do sistema de som do seu vizinho.
Como é que vai perceber qual o sistema que responde de uma forma mais realista em relação à performance original?
E convém não esquecer a necessidade de se utilizar gravações adequadas para o efeito. Um piano gravado desta forma nunca irá assemelhar-se áquilo que escutamos num recital ao vivo:
Captar o som de um piano com micros é um pincel. Os pianistas quando tocam, eles "martelam" as teclas com muita força e essa vibração parece um tambor quando captada pelo microfone.
Único Membro AAP
Mensagens : 54 Data de inscrição : 26/08/2018
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Seg Set 17 2018, 17:25
ricardo onga-ku escreveu:
Único escreveu:
Estimado TD124, pode juntar-me ao estimado Rui Soares, porque eu - como já se entendeu - não partilho em absoluto do seu ponto de vista.
Cada um pode fazer com a reprodução áudio hifi o que muito bem quiser e que eu saiba não há um Livrinho Vermelho para ouvir música e conjugar equipamentos para o efeito.
Portanto, NEGO veementemente que isto do hifi tenha algo a ver com DOGMAS ou preceitos e preconceitos que visem "exclusivamente" reproduzir a música gravada o melhor possível. Eu sou o melhor exemplo disso mesmo é já o comprovei. O estimado Rui Soares é outro. O facto de "pensar o áudio hifi" como um processo "comercial" de comprar produtos de reprodução para usar como fontes "música gravada" é um entendimento APENAS seu e de quem pensa isto como o estimado TD124.
Posto isso, essa é a SUA posição na matéria e não pode afirmar que é a ÚNICA possível. Quero dizer com isto que o estimado Rui Soares tem de facto razão (e a lógica nem é para aqui chamada!) quando utiliza o padrão de "artista-instrumento ao vivo-concertos" e não APENAS o padrão "disco-fita".
Há que ser aberto e observar o hifi da forma como cada um a entende. Eu aceito o seu ponto de vista (senão contrariava o que acabei de afirmar) mas o caro não pode afirmar que utilizar como referência o SOM ao vivo (de músicos, música e instrumentos) é ERRADO no áudio hifi. Esse é um conceito SEU, não dos que pensam como eu e outros como eu.
Cada um fará da audição da tal "música gravada" a utilização que muito bem entende. Mas insisto que se o contexto fosse apenas "reproduzir música gravada", o pessoal da contrafacção estava ainda mais rico! Bastava meter o Quim Barreiros numa fita a partir de um gravador de cartuchos de 20 euros e está a andar na feira...
Curiosamente, TODOS os que se dedicam ao fabrico dos instrumentos de som, mais os engenheiros e produtores de som, os artistas e o pessoal dos PA, se preocupam em colocar o artista a "brilhar" e a sua música de uma forma fiel e que seja reproduzível ai vivo... Então o maralhal em casa só se pode preocupar com a reprodução do som gravado porque carga de água????
Cito o meu entendimento muito mais abrangente sobre o áudio hifi, para ver se fica claro. Trata-se de: "ser o mais fiel possível na SATISFAÇÃO e no PRAZER que cada um retira da audição de música, utilizando da melhor forma os componentes (hardware e software), com vista a reproduzir a música gravada de acordo com o objectivo que cada um determina como correcto".
Obviamente, partilho completamente do ponto de vista e das excelentes justificações históricas e pessoais do estimado Rui Soares, nesta matéria.
High-fidelity não é um conceito subjectivo, trata da reprodução tão fiel quanto possível do sinal gravado.
O resto é outra coisa...audio?
Peço desculpa ao caro Ricardo... Quem é que postulou que "alta fidelidade" era apenas relativa a reproduzir "gravações" em casa!!??? Lá porque o caro Ricardo e o caro TD124 se convenceram disso (?), não significa que alta fidelidade e high end não existam fora do "doméstico"!!! Está a passar um certificado de incompetentes a uma carrada de gente de altíssimos gabaritos técnicos! E muitos desses tanto trabalharam a alta fidelidade doméstica como a de PA ao vivo e em estúdio (e passam-me pela cabeça uma série de marcas).
Por favor, reveja os seus conceitos alinhados nesse espartilho de preconceitos e leia e estude um pouco de como se processa o "áudio" fora de casa... Se preza tanto as "gravações" deveria saber que a alta fidelidade também existe (ou não) nos estúdios de gravação. Ou pensa que o "Pro" é tudo low fi de baixíssimos pergaminhos técnicos e de fabrico???
Claro que se quiser defender a sua dama, esteja à vontade! Mas não me passe a mim como a outros certificados de incultura ou de marginalidade ou desconhecimento de causa. Eu pelo menos sei muito bem o que estou a afirmar e mantenho o que afirmei. Pode não estar é habituado a lidar com gente assim, que refez os conceitos "audiotas" e os aplicou de forma inteligente em função das suas necessidades e do seu prazer auditivo.
E nada de ressentimentos ou coisa do género. É óbvio que se afinal não me é permitido escrever o que penso e sinto e ouço da forma como o entendo, este espaço não é assim tão fixe como comecei a pensar que era... E se desejarem que abandone o barco, para não ser inconveniente ou esteja "armado em sabichão" no meio dos génios, eu saio imediatamente, sem problema nenhum.
Começo a pensar que estou aqui a escrever mais sobre o que penso que é o áudio e o hifi em geral que sobre os temas de tópico e isso começa seriamente a incomodar-me e a fazer-me sentir aqui deslocado. Então há "definições" e "standards" intocáveis e invioláveis!???
Quando aqui cheguei apresentei-me e escrevi logo tudo tim tim por tim tim. Algum simpático administrador poderia ter-me dito em mensagem privada que aqui o "hifi" só pode ser o que está escrito no "Livro Vermelho do HiFi" e eu tinha-me ido embora.
Acima de tudo, o respeito.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Seg Set 17 2018, 18:21
Único escreveu:
...Claro que se quiser defender a sua dama, esteja à vontade! Mas não me passe a mim como a outros certificados de incultura ou de marginalidade ou desconhecimento de causa. Eu pelo menos sei muito bem o que estou a afirmar e mantenho o que afirmei. Pode não estar é habituado a lidar com gente assim, que refez os conceitos "audiotas" e os aplicou de forma inteligente em função das suas necessidades e do seu prazer auditivo.
Acima de tudo, o respeito.
Leia o que està escrito por si e depois a frase em negrito que é sua também ... e que é uma verdade universal à qual subscrevo. Visto que sabe muito bem o que està a dizer pela escrita, pareçe-me normal de ter um pouco de paciência e de empatia em relação aos outros (como eu) mais estupidos, incultos e dogmaticos. Nada na intervenção do Ricardo mereçe uma resposta com tal veemência o que me pareçe despropositado da parte de alguém que reclama o respeito acima de tudo. Como digo sempre, se sabe mais que os outros ensine, explique e então vamos crescer todos ...
Última edição por TD124 em Qui Set 27 2018, 06:47, editado 1 vez(es)
ricardo onga-ku Membro AAP
Mensagens : 6017 Data de inscrição : 02/01/2012 Localização : Terra d'Anglos...e Saxões
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Seg Set 17 2018, 18:21
Proponho a leitura deste tópico onde transcrevi parte de um documento da EMI entitulado "The Pursuit of High Fidelity" que deve ter uns 50 anos ou mais:
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Ter Set 18 2018, 08:21
Único escreveu:
Eu tento utilizar tudo o que está ao meu alcance para colocar o som em casa de "alta fidelidade" doméstica a soar como se estivesse no concerto com os artistas na minha frente.
Dear Único,
reading this topic after vacancies I was a bit surprised by the imaginary fronts that were put up here, because can assure you that I listened actually to a system by TD124 and it could exactly did that: it did put the artists in front of me, as natural breathing as I ever heard a domestic reproduction of music.
But the mentioned system can only do this with recordings where the natural sound is already captured well.
What would happen if one wanted to play a flawed, let's say colored and compressed recording in a way that it sounds natural and dynamic? Perhaps it's possible, but it will alter the signal in a way that it would certainly screw up a recording which is already good. Theoretically the system could be tuned to the diverse needs of each recording which would require a lot of work and the skills of a mastering engineer.
Regards, Manfred
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Qui Set 20 2018, 10:55
Apenas entro aqui para deixar um pouco a minha visão da “coisa”
Sobre os cabos: uns fazem diferença, outro nem por isso
Sobre o assunto para o qual o tópico tem resvalado: Independentemente de ser audio ou Hi-fi o objectivo final é q cada um tenha prazer naquilo q ouve em casa A maior parte das vezes este é um prazer solitário e por isso tb ele é único pq somos todos diferentes no modo como o sentimos seja a ouvir música ou outra coisa qq Cada um encontra o seu modo de o fazer O percurso para lá chegar é tb único, apoiando-se ou não em “filosofias” diversas ou mesmo sem estas e por isso são todos válidos Tb por isso todas as opiniões são válidas
Deixei de entrar nestas discussões há algum tempo por diversas razões: A maior parte das vezes não levam a lugar algum É verdade q é da discussão q nasce a luz mas nestas conversas poucos estão dispostos a mudar o seu ponto de vista/opinião pq há pouca sensibilidade em se colocar no lugar do outro e perceber pq é q ele exprime a opinião q exprime Levam a atritos desnecessários
Isto q disse não é uma crítica para ninguém É antes uma reflexão do q tenho visto por aqui e antes de tudo é um modo de estar na vida
Goansipife Membro AAP
Mensagens : 3791 Data de inscrição : 04/12/2011 Idade : 65 Localização : Freiria - Torres Vedras
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Qui Set 20 2018, 14:51
anibalpmm escreveu:
Apenas entro aqui para deixar um pouco a minha visão da “coisa”
Sobre os cabos: uns fazem diferença, outro nem por isso
Sobre o assunto para o qual o tópico tem resvalado: Independentemente de ser audio ou Hi-fi o objectivo final é q cada um tenha prazer naquilo q ouve em casa A maior parte das vezes este é um prazer solitário e por isso tb ele é único pq somos todos diferentes no modo como o sentimos seja a ouvir música ou outra coisa qq Cada um encontra o seu modo de o fazer O percurso para lá chegar é tb único, apoiando-se ou não em “filosofias” diversas ou mesmo sem estas e por isso são todos válidos Tb por isso todas as opiniões são válidas
Deixei de entrar nestas discussões há algum tempo por diversas razões: A maior parte das vezes não levam a lugar algum É verdade q é da discussão q nasce a luz mas nestas conversas poucos estão dispostos a mudar o seu ponto de vista/opinião pq há pouca sensibilidade em se colocar no lugar do outro e perceber pq é q ele exprime a opinião q exprime Levam a atritos desnecessários
Isto q disse não é uma crítica para ninguém É antes uma reflexão do q tenho visto por aqui e antes de tudo é um modo de estar na vida
Sobre este teu último post, tenho 3 considerações a fazer. A saber:
- Totalmente de acordo com a primeira parte;
- Absolutamente de acordo com a segunda parte;
- Innquestionavelmente de acordo com a terceira parte.
anibalpmm Membro AAP
Mensagens : 9728 Data de inscrição : 05/03/2012
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Qui Set 20 2018, 15:10
Goansipife escreveu:
anibalpmm escreveu:
Apenas entro aqui para deixar um pouco a minha visão da “coisa”
Sobre os cabos: uns fazem diferença, outro nem por isso
Sobre o assunto para o qual o tópico tem resvalado: Independentemente de ser audio ou Hi-fi o objectivo final é q cada um tenha prazer naquilo q ouve em casa A maior parte das vezes este é um prazer solitário e por isso tb ele é único pq somos todos diferentes no modo como o sentimos seja a ouvir música ou outra coisa qq Cada um encontra o seu modo de o fazer O percurso para lá chegar é tb único, apoiando-se ou não em “filosofias” diversas ou mesmo sem estas e por isso são todos válidos Tb por isso todas as opiniões são válidas
Deixei de entrar nestas discussões há algum tempo por diversas razões: A maior parte das vezes não levam a lugar algum É verdade q é da discussão q nasce a luz mas nestas conversas poucos estão dispostos a mudar o seu ponto de vista/opinião pq há pouca sensibilidade em se colocar no lugar do outro e perceber pq é q ele exprime a opinião q exprime Levam a atritos desnecessários
Isto q disse não é uma crítica para ninguém É antes uma reflexão do q tenho visto por aqui e antes de tudo é um modo de estar na vida
Sobre este teu último post, tenho 3 considerações a fazer. A saber:
- Totalmente de acordo com a primeira parte;
- Absolutamente de acordo com a segunda parte;
- Innquestionavelmente de acordo com a terceira parte.
Obrigados Gonçalo Estas considerações levam por sua vez a outras/reflexão Já aprendi muito neste fórum, mais nestes últimos 6 anos q no resto da minha vida como aficcionado do Audio/Hi-fi ou seja lá do q for, e alguns dos foristas q me proporcionaram essa aprendizagem já não estão aqui no AAP, infelizmente para todos nós Mesmo em termos musicais tenho feito um grande crescimento com a exploração das sugestões feitas pelos restantes foristas ( aliás é actualmente onde me revejo mais) Mas só aprende quem vier para aqui com uma postura de abertura e disposto a isso Ora o q eu vejo em muitos casos e o diametralmente oposto, “eu sei tudo”, “o q eu sei é q está certo”, “a opinião dos outros não vai mudar a minha” Ora este tipo de posição não é favorável à discussão saudável, leva ao confronto de ideias impossíveis de demover e como tal pouco interessante se não mesmo estéril
fredy Membro AAP
Mensagens : 5130 Data de inscrição : 08/02/2011 Idade : 62 Localização : Casal do Marco - Seixal
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Qui Set 20 2018, 17:11
Olá
Estou inscrito neste e noutros forums... como de certeza muitos colegas aqui do forum, e de facto é aqui neste que participo mais, o que denoto e por vezes me retrai é o que aqui já foi referido por outros colegas...
Darem uma opinião mas acharem que a opinião deles é que é válida. Não aceitarem a opinião dos outros. O ego sobrepor-se ao racional. Haver um certo bairrismo... equipamento A melhor que B... quando todos sabemos que depende fundamentalmente do gosto pessoal... não é uma verdade absoluta, vivi muitos anos com um rádio a pilhas e deliciava-me a ouvir. Preconceito sobre certas marcas ou equipamentos. Entrar em despique facilmente sem que aja razão para isso. Não responder a quem solicita para abrirem compras conjuntas... acho que independentemente daquilo que se passou os membros do forum merecem resposta.
Entre outras coisas...
Fredie
Goansipife Membro AAP
Mensagens : 3791 Data de inscrição : 04/12/2011 Idade : 65 Localização : Freiria - Torres Vedras
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Qui Set 20 2018, 17:59
Aníbal,
O meu post, tentando ter graça, ou ser engraçado, foi essencialmente uma forma ligeira, para desanuviar, de mostrar a minha total sintonia de onda, com tudo o que disseste.
Quando entrei para este fórum, tinha feito, havia relativamente pouco tempo, as pazes com o formato de vinil e com os gira discos. A minha postura neste espaço tem procurado partilhar com todos, vivências realmente vividas, passo a redundância, tão válidas e erráticas como as de outro qualquer.
Ao longo desta minha queda no Áudio, Alta-Fidelidade, o que quiserem chamar, já lá vão mais de 4 décadas, tive a grande felicidade de conhecer muita gente com quem aprendi - certamente mais, do que ensinei - convivi em amizade e diverti-me.
O AAP não foi diferente! Todavia ainda, aqui, fui buscar muito mais. Fui buscar um conjunto de pessoas fantásticas, algumas conheço pessoalmente, algumas sou até já um grande amigo como se as conhecesse desde sempre. Isto já ninguém me consegue tirar!
Reconheço que estes "ventos de azedume" que se têm sentido, desgastam, mas o meu eterno positivismo e tudo o disse/escrevi atrás, não abala a minha esperança de tudo se recompor a breve trecho.
O meu contributo, não consegue ir muito mais do que tenho feito: relatar histórias vividas na primeira pessoa e onde arrisco a imodéstia de pensar que poderão interessar a todos, ou, pelo menos, a alguns.
Para questões técnicas e para o Faça-Você-Mesmo, a minha contribuição é nula ou praticamente. Na primeira, o que posso conhecer é meramente enciclopédico - alguns livros, revistas, folhetos, internet, de especialidade. Quanto à segunda, e sigo sempre a regra: "O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita".
Mas espero ficar mais conhecedor e admito, que até com os "ventos de azedume", tenho apreendido imenso.
Estou, no entanto, certo que continuarei a cultivar todo aquele património fixo de amizades, já conquistado.
Abraço Gonçalo
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Qui Set 20 2018, 20:26
anibalpmm escreveu:
... Deixei de entrar nestas discussões há algum tempo por diversas razões:
A maior parte das vezes não levam a lugar algum
Ao contràrio do Gonçalo eu não estou de acordo com esta frase ... mas sei que ném um ném outro se vão chatear comigo e de todas as maneiras eu vou explicar o meu ponto de vista. Quando duas pessoas debatem um ponto de vista antagonista e não chegam a um consenso isso pode dar a impressão que não valeu a pena. Mas, isto é apenas vàlido para os intervenientes, ora num forum existém muitas pessoas que por diversas razões léem mais do que escrevem. Esses podem aprender muito com esse debate e mesmo se identificar com algumas ideias proferidas e assim avançar um pouco na sua busca. A discussão e o debate saudàvel e respeituoso é fundamental e em qualquer tema ... pois o homém comunica pela linguagem e é até uma das suas riquezas. Um debate respeituoso e sincéro leva sempre a qualquer lado, ao menos a uma pessoa ... e isso em si jà é uma vitoria!...
É verdade q é da discussão q nasce a luz mas nestas conversas poucos estão dispostos a mudar o seu ponto de vista/opinião pq há pouca sensibilidade em se colocar no lugar do outro e perceber pq é q ele exprime a opinião q exprime
Estou de acordo com o que escreveu, mas reservado quanto à ideia ... simplesmente porque num forum (muitas vezes) não sabemos nada da vida do interlocutor. Eu conheci pessoas solitàrias para quém o audio e os discos eram tudo. cada tostão economisado passava nisso e a unica leitura era a presse HiFi. Essas pessoas construiram sozinhas um mundo (que é deles) e tentar convencê-los que existe um outro é "roubar-lhes" tudo no que acreditam. Nessa situação podem ser agressivos ou apàticos ... mas por defesa. È muito dificil generalisar e por isso continuo a preferir uma discussão que aparentemente não leva a nada ao silêncio ... que ele leva aonde ???...
Levam a atritos desnecessários
Aqui estou 100% de acordo, é mesmo um constato e estamos a vivê-lo ... no entanto a intervenção do Mario com a metafora do comboio que descarrilha, como e porquê, pareçe-me ser uma boa técnica para evitar outros acidentes. Se houve atrito porque as pessoas se insultaram, snobaram ou desdenharam o outro é compreensivel ... se é simplesmente porque não estão de acordo jà é menos normal. Paradoxalmente os cabos cristalizam a desavença e são o cimo da religião no audio ... faz pensar a que hà crentes e ateus neste dominio e que então o respeito e a compreensão são impossiveis. Não é especifico a Portugal e aqui é exactamente a mesma coisa, mesmo num clube de audiofilos vi gajos quase à porrada por isso. Ora que todos os outros dualismos (e são muitos) do audio, criam tensões muito menos explosivas. Hoje ando a reflectir na razão deste fenomeno ...
Goansipife Membro AAP
Mensagens : 3791 Data de inscrição : 04/12/2011 Idade : 65 Localização : Freiria - Torres Vedras
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Qui Set 20 2018, 20:55
É claro, Paulo, que não fico nada chateado com o teu "antagonismo" com a minha concordância com o Aníbal.
Aliás, entendo que o antagonismo é, muitas vezes, muito mais produtivo que a concordância.
Todavia, esta concordância com o Aníbal, e se percebi bem o que ele escreveu e percepcionei corretamente o seu sentimento, no momento, então estou em crer que estamos todos mais de acordo / concordância do que possa parecer.
Também eu entendo que a boa discussão, com maiores ou menores sintonias, mas em respeito pelo outro e pela sua forma de perceber qualquer causa - Áudio ou outra - traz mais conhecimentos e desenvolvimentos do próprio conhecimento / experiência.
Contudo, nos últimos tempos, também a minha sensibilidade percebe que as discussões neste fórum sobre temas não muito consensuais, têm revelado algumas posições onde a chamada "humildade intelectual" não tem revelado ser um predicado muito presente.
Ninguém tem de estar naquela posição, por vezes cínica, do "politicamente correcto". Mas, num espaço como este e outros, é de bom tom, mostrar a discordância com civilidade e aceitar a diferença, mesmo que esta nunca nos leve a mudar a nossa opinião.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Qui Set 20 2018, 21:23
Goansipife escreveu:
... Contudo, nos últimos tempos, também a minha sensibilidade percebe que as discussões neste fórum sobre temas não muito consensuais, têm revelado algumas posições onde a chamada "humildade intelectual" não tem revelado ser um predicado muito presente. ...
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Sex Set 28 2018, 19:45
Mário Franco escreveu:
galvaorod escreveu:
(...) e não gosto de pessoas em geral (...)
Também não gosto das pessoas em geral só gosto das pessoas individualmente e é quando passaram com nota positiva no processo de avaliação.
Mas obviamente isso não quer dizer que deteste as pessoas em geral (o que é uma outra coisa que pode ser confundida com a primeira mas que na verdade é o seu oposto).
A língua portuguesa é lixada ( se calhar são todas).
As pessoas em geral são a multidão e a multidão tem um triste passado de barbaridade, por trás da multidão oculta-se a desresponsibilização do indivíduo a qual pode produzir resultados catrastróficos.
Á multidão nem o Direito se aplica, qual é o tribunal que pode julgar e condenar uma multidão que tenha cometido o linchamento de um inocente?
Qual é o tribunal que pode julgar e condenar uma multidão que debandou em correria num recinto de espectáculos que começou a arder e na sua debandada pisou e matou os desgraçados que ao fugir cairam no chão?
Até o Jean Paul Sartre, tanto quanto se sabe não era amante de gente em geral, o que ele apreciava mesmo muito eram as meninas em particular
Estimado Mário Franco,
Parece que partilhamos de alguns conceitos de "estar" e de "essência" na alta fidelidade, mais o estimado Rui Soares...
Mas pelos vistos eu partilho também do mesmo ponto de vista quanto ao seu muito bem explicado conceito de "massas"... Conceito esse muito usado e abusado em ideologias variadas (todas evolutivas face ao mesmo começo jacobino). E aliás o mesmo Marketing usado e abusado na "alta fidelidade" é o mesmo usado e abusado na análise ideológica "modernaça" dos fenómenos sociais...
Sartre era marxista empedernido e outras coisas e pelos vistos gostava até de feministas, hoje ideologicamente tão na berra... Já agora gosto das "comunidades" e nem por isso de Estado ideológico... Mas isso seria uma bela conversa para um Fórum de estratégia polítca... É melhor ficar por aqui. Isto já está algo quente e complicado por causa das "ideologias do áudio", que mais vale nem abordar as outras...
Único Membro AAP
Mensagens : 54 Data de inscrição : 26/08/2018
Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença' Sex Set 28 2018, 20:21
mannitheear escreveu:
Único escreveu:
Eu tento utilizar tudo o que está ao meu alcance para colocar o som em casa de "alta fidelidade" doméstica a soar como se estivesse no concerto com os artistas na minha frente.
Dear Único,
reading this topic after vacancies I was a bit surprised by the imaginary fronts that were put up here, because can assure you that I listened actually to a system by TD124 and it could exactly did that: it did put the artists in front of me, as natural breathing as I ever heard a domestic reproduction of music.
But the mentioned system can only do this with recordings where the natural sound is already captured well.
What would happen if one wanted to play a flawed, let's say colored and compressed recording in a way that it sounds natural and dynamic? Perhaps it's possible, but it will alter the signal in a way that it would certainly screw up a recording which is already good. Theoretically the system could be tuned to the diverse needs of each recording which would require a lot of work and the skills of a mastering engineer.
Regards, Manfred
Thank you dear mannitheear...
First I am not a good English writer, you must take that in account...
Overall I agreed with you... But I must say that "we" (the home hifi owner and builder) must be a "music selector" and a "quality selector" (this in general).
I have said that we must NOT buy bad music (even very well recorded!) and that good music poorly recorded must be avoided too... Why!??? By the same reason that we like listen to a very good quality musical concert! Or avoided bad live productions!
The ONLY way in order to make a good judgement about all this... Are at live concert hall's... After a dozen of live musical performances, we begin to understand that the artist use to make very good live productions... After a more dozens, we understand the sound engineers signatures... And at the same time, we could identify that there are very good hardware sound reinforcement equipment (Professional hifi, as I like to say) in use. And that the hall sound are terrible or pure garbage at all!
As an exemple, my last Motorhed live concert (with Lemmy - Ian Fraser Kilmister) are absolutely an hearing PAIN!!!! It is an imperative GO OUT immediately! I could stay the first three "musics" at an masochist level only...
So, please... We must be able to make GOOD judgements with solid concerts foundations, but being intelligent and not swallow all recorded or living performance shiit!
In all the situations, the only good evaluate font is live performance concerts...
You must not understand hifi only as a good record performance... Because record music is more a "production performance" and an "record makers technical performance"...
Well... But how is the capacity from some "hifi guys" to build good sound systems at home, refusing to hear live music?... There are a bunch of reasons... That they are very good sound engineers, very good sound engineers followers, very good hearing sensible, and at last, that they could be very good (others) marketeer followers...
This are the guys incapable of understand why is so bad or so good that Disco dancing environment, if I am able to explain all that with some kind of foreign language discernment...
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Assunto: Re: Quem disse que os cabos não fazem diferença'