... I would even say that a proper multi-channel system would be able to reproduce the Beethoven's Symphony's WAY better than the majority of the stereo systems. Not only because a multi-channel system will be able to reproduce the lower end due to the inclusion of one or multiple subwoofers, but also the inclusion of proper DSP systems, as stereo system owners usually run from both like the plague ...
So in a nutshell, i fully disagree
Pessoalmente, não tenho um ponto de vista especialmente inclinado ném para os sistemas estéreo ném para os multicanais no que diz respeito à reprodução musical. Penso que se ambos partilham de bases semelhantes, isto incluindo a sala, os resultados devem ser igualmente semelhantes ... mas não defenderia o sistema multicanal pela extensão do grave ném a presença dos DSP's!...
De um lado porque isso seria limitar a reprodução musical à banda de frequências o que é muito limitante e deixa de lado a dinâmica, o palco, a transparência, a definição, o relevo, a rapidez, os timbres, a coerência e etc que são igualmente necessarios para uma reprodução musical de qualidade ... a musica tém de ser vista como um todo!...
Do outro lado ... e mesmo se reconheço a potência e o desempenho dos DSP's modernos (utiliso um para a sobre amostragem no meu dac) eles não podem ser vistos como a pedra filosofal que transforma o chumbo em ouro, e não são! Reconheço que trazém solucões fantasticas para a electroacustica como a filtragem, o retardo (delay) e a equalisação que são potentes e impossiveis no dominio analogico mas ... os problemas temporais não podem ser corrigidos pela amplitude! Um DSP não aumenta o factor de acelaração de um driver ném transforma um mau num bom ném mesmo pode corrigir todas as refexões de uma sala a todas as frequências ... ou então sò o faz no espaço de 1cm² aonde o microfone està instalado. Ele não resolve tudo e por isso não pode ser visto como o "elemento" da fidelidade, ele é uma "ferramenta" da fidelidade o que não é o mesmo...
Existe também a componente muito falada por aqui da psicoacustica e nesse ponto estou com o Manfred e o amigo Rstuyvesant. Mesmo se a escuta da musica num sistema é um acto de fruição, no meu caso ele é simultaneamente um momento de concentração e imersão. Se o rock, o jazz e a musica electronica consigo escutar sém problemas e de maneira não "séria" no meu sistema, jà a musica barroca não consigo e tém de ser com auscultadores e um sistema dedicado! O minimo desvio timbrico num cravo ou de falta de coerência numa viola de gamba e perco o fio da escuta, torna-se insuportavel ... trazer-me uma banda mais extensa nos graves e a correção da sala ou a equalisação (linearidade) não vai resolver tudo pois a coerência é a linearidade sentida pelo cérebro, e não por um microfone...
Assim, e para mim, a qualidade da reprodução musical doméstica depende essencialmente da qualidade intrinseca de cada elo do sistema e da justa sinergia existente entre eles ... ao qual se junta a sala e o perfeito posicionamento das colunas e aparelhos nesse espaço. Nestes pontos é evidente que um sistema estéreo e multicanal podem ser igualmente capazes e excitantes ... mas pessoalmente eu não utilisaria os subwoofers e os DSP's como um argumento da avantagem de um sobre o outro, aliàs, para a escuta das Variações Goldberg num cravo o subwoofer pareçe-me desnecessario mesmo, mas para a Tocata et Fugue em Ré Minor pode ajudar
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Fev 20 2021, 11:06
Rui B. escreveu:
... Passo só para dizer que recebi os Mogami 3104 esta semana, logo tenho andado a brincar às bicablgens.
Mono vs bi-cablagem:
Há diferenças? - sim.
Soa melhor bicablado? - na minha opinião sim.
A diferença é do dia para a noite? - não. ...
Caro amigo Rui B., voçê vém de dar o pontapé de saida da segunda parte do jogo
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Fev 20 2021, 12:05
Vou voltar ao no-topico com um exemplo, comum nas discussões entre amigos e que de certeza voçês jà encontraram, a niveis diferente, na vossa experiência de melomanos ou de audiofilos:
Para os amadores de musica barroca existe um fenomeno extremamente desagradavel que é o "ferralhar" de um cravo nas notas da mão direita! Este fenomeno apareçe à orelha como um ruido de "caçarola" nas notas dando a impressão que as cordas são feitas em arame pinçado por uma faca! Este fenomeno existe na realidade e assina os cravos de mà qualidade e as copias com as unhas do saltador feito em plastico duro ... mas geralmente para uma gravação é um cravo original ou uma copia "assinada" que são utilisados e tais instrumentos possuém uma nobreza de tonalidade reconhecivel ... para os que não escutam musica barroca este fenomeno pode ser substituido pela sonoridade da guitarra National Brass Body que por vezes soa num sistema como uma Reso-Phonic Style O!...
Quando isto me aconteçe, a minha primeira reação é de verificar se o fenomeno està ligado ao sistema, sala ou se jà està no disco ... sendo neste ultimo caso normal. Tenho oito auscultadores diferentes e três amplificadores dedicados então verifico se o fenomeno se reproduz com eles e com qual intensidade, estatisticamente isto indica-me se està no disco ou não, se não for o caso digo-me que é o sistema que cria ou açentua o fenomeno...
Se eu agarrar em vàrios cabos diferentes e encontrar um com o qual o fenomeno desapareçe ou atenua-se suficientemente para deixar de ser desagradàvel ... vou considerar que o cabo corrigiu o meu problema!...
Estas e outras "subteis correções" talvez sejam a razão de ser do "som dos cabos" e do apreço que muitos audiofilos lhes dão ... e finalmente o fundo de toda a nossa conversa, não
Rstuyvesant Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Fev 20 2021, 13:10
TD124 escreveu:
(...)Existe também a componente muito falada por aqui da psicoacustica e nesse ponto estou com o Manfred e o amigo Rstuyvesant. Mesmo se a escuta da musica num sistema é um acto de fruição, no meu caso ele é simultaneamente um momento de concentração e imersão. Se o rock, o jazz e a musica electronica consigo escutar sém problemas e de maneira não "séria" no meu sistema, jà a musica barroca não consigo e tém de ser com auscultadores e um sistema dedicado! O minimo desvio timbrico num cravo ou de falta de coerência numa viola de gamba e perco o fio da escuta, torna-se insuportavel ... trazer-me uma banda mais extensa nos graves e a correção da sala ou a equalisação (linearidade) não vai resolver tudo pois a coerência é a linearidade sentida pelo cérebro, e não por um microfone...
Exactamente, e por isso, em última análise, a complexidade tímbrica da música que se ouve é o barómetro da fidelidade, que se revela nessa fundamental distinção entre os níveis de fruição da audição. Nem toda a música remete para a imersão, mas a remeter, a nossa psicoacústica refina os níveis de exigência no sempre presente compromisso das variáveis, donde se compreende a audição por auscultadores e uma intolerância ao que noutros tipos de música é tolerável. Talvez Beethoven também possa ajudar aqui: se a música estabelece a ponte entre as almas, então tanto mais estaremos de estar atentos ao que, em surdina, nos é (tentado) comunicado".
TD124 escreveu:
Assim, e para mim, a qualidade da reprodução musical doméstica depende essencialmente da qualidade (...) mas pessoalmente eu não utilisaria os subwoofers e os DSP's como um argumento da avantagem de um sobre o outro, aliàs, para a escuta das Variações Goldberg num cravo o subwoofer pareçe-me desnecessario mesmo, mas para a Tocata et Fugue em Ré Minor pode ajudar
Caro Ricardo_Canelas, o que o amigo TD124 expôs, leva-me a aprofundar a resposta conservadora que lhe dei quanto ao "puxar" dos beyma. Em rigor, raramente tenho o sub ligado, a Tocata obriga-me a ligá-lo e a colocar os powers em modo accionista da edp, ou se preferir, em por à prova a engenharia civil do meu espaço de audição. Mas isso é raro, e portanto o filtro está em 3ª ordem (quando fizer os seus cálculos tenha em atenção a diferença entre filtro eléctrico e o real que é acústico). Quanto ao drc, para mim é um ponto de partida (talvez seja interessante comparar as normas que definem a dB(A) com a 468-weighting). O ponto de "chegada", é ouvir os instrumentos, particularmente as vozes, escolhendo gravações que respeitam o que, à minha memória, se parece com o timbre real dos instrumentos e, (re)afinar, não como quem ouve som, mas como quem procura que a imersão, que o TD referiu, não seja perturbada. Depois, é esquecer isso tudo e... ouvir música.
Por isso uma provocação: quando vos descrevi o meu sistema, os caríssimos não ligaram nenhuma ao que de mais importante nessa descrição estava, ora façam o favor de lhe conceder um pouco da vossa atenção: Miles Davis - Ascenseur Pour L'echafaud.
Última edição por Rstuyvesant em Sáb Fev 20 2021, 13:42, editado 1 vez(es)
Rstuyvesant Membro AAP
Mensagens : 197 Data de inscrição : 16/07/2013
Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Fev 20 2021, 13:39
TD124 escreveu:
(...) Quando isto me aconteçe, a minha primeira reação é de verificar se o fenomeno està ligado ao sistema, sala ou se jà està no disco ... sendo neste ultimo caso normal. Tenho oito auscultadores diferentes e três amplificadores dedicados então verifico se o fenomeno se reproduz com eles e com qual intensidade, estatisticamente isto indica-me se està no disco ou não, se não for o caso digo-me que é o sistema que cria ou açentua o fenomeno...
Se eu agarrar em vàrios cabos diferentes e encontrar um com o qual o fenomeno desapareçe ou atenua-se suficientemente para deixar de ser desagradàvel ... vou considerar que o cabo corrigiu o meu problema!...
Estas e outras "subteis correções" talvez sejam a razão de ser do "som dos cabos" e do apreço que muitos audiofilos lhes dão ... e finalmente o fundo de toda a nossa conversa, não
Exacto.
Mas, por essa razão, (modo de provocação): 1) sai mais barato e dá muito mais azo a converseta ter cabos do que os auscultadores e os sistemas dedicados suportados por esse cuidar do timbre que o TD demonstra. Assim, que com a cablística se corrijam as gravações, abre todo um mundo de exploração entre a filosofia de gravação da Decca, Phillips, ECM e 2L (p. ex.) e, cabitos adequados para cada uma delas; 2) Caro RuiB. importa tratar do nível de detalhe pois que
RuiB. escreveu:
A diferença é do dia para a noite? - não.
instaura universos incomensuráveis entre o cuidar da música que o TD124 demonstra e outro cuidar que não seja da mesma natureza.
P.s: é que embora a diferença relatada seja infinitesimal quanto ao todo.... marca uma diferença do dia para a noite....
neo_2018 Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Fev 20 2021, 15:28
TD124 escreveu:
Um DSP não aumenta o factor de acelaração de um driver ném transforma um mau num bom ném mesmo pode corrigir todas as refexões de uma sala a todas as frequências ... ou então sò o faz no espaço de 1cm² aonde o microfone està instalado
Concordo em absoluto ... daí, esta constantemente a defender que o componente mais importante num sistema, são ... (adivinhe-se) ... as colunas
TD124 escreveu:
... ném mesmo pode corrigir todas as refexões de uma sala a todas as frequências ... ou então sò o faz no espaço de 1cm² aonde o microfone està instalado
Leia p.f. o post onde coloquei a forma como os alguns dos DSP's mais avançados calculam os algoritmos de correcção, a medição do espaço não é limitada a um ponto, mas a um conjunto de medidas criando um espaço 3D de análise.
TD124 escreveu:
De um lado porque isso seria limitar a reprodução musical à banda de frequências o que é muito limitante e deixa de lado a dinâmica, o palco, a transparência, a definição, o relevo, a rapidez, os timbres, a coerência e etc que são igualmente necessarios para uma reprodução musical de qualidade ... a musica tém de ser vista como um todo!...
Todas essas caracteristicas dependem em ultima análise da capacidade das colunas de reproduzir com exactidão o sinal que estão a receber, colocando, mais uma vez, a enfase nas ... (adivinhe-se) ... colunas
Num mundo ideal, todos teríamos espaço para colocarmos colunas com a dimensão adequada à reprodução musical, e um espaço idealmente tratado para não afectar negativamente a reprodução musical. Uma vez que tal não é possível, o uso de subwoofers e DSP resolve vários problemas: - Permitem maior liberdade do posicionamento, e colocação de em locais menos sujeitos aos modos do espaço, - Usam drivers com capacidade de reproduzir devidamente as frequências mais baixas - O DSP permite resolver grande parte dos problemas de interacção colunas espaço, resultando numa reprodução musical mais fiel ao sinal recebido.
O mito de que subwoofers são lentos, pesados, e não audiófilos, é apenas isso, um mito. Sobre isso, sugiro a leitura de "Bass Myths" do Josh Ricci do data-bass.com.
E é fácil de contrariar este mito com um exemplo concreto:
O Troels Gravesen é um dos mais renomados construtores de colunas, e considera "The Loudspeaker" as melhores colunas que desenhou. Este "The Loudspeaker" usa como unidade de graves, o fabuloso BMS 18N862, considerado também pelo Josh Ricci como um dos melhores drivers medidos no data-bass.com.
Ora o que faz com que estas colunas sejam excepcionais (e na região baixa, em virtude de usarem estes drivers de 18"), e os mesmos drivers, quando usados num subwoofer, não reproduzam as baixas frequências da mesma exacta forma excepcional? Ou que quando usados nas colunas, as colunas sejam rápidas, precisas, etc, etc, e um subwoofer usando o mesmo driver seja pesado, lento e pouco preciso?
Por experiência própria, estes dois subwoofers de 18" conseguem reproduzir as frequências 10-200Hz de uma forma impossível de reproduzir por qualquer coluna normal, independentemente do preço.
Em suma, IMO, é indiferente o tipo de sistema (stereo ou multi-canal), desde que devidamente suportado por colunas em condições, e cuja interacção com o espaço seja assegurado ou pelo tratamento do espaço, e/ou aplicação correcta de DSP.
ricardo.canelas gosta desta mensagem
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Fev 20 2021, 15:47
Rstuyvesant escreveu:
... Mas, por essa razão, (modo de provocação): 1) sai mais barato e dá muito mais aso a converseta ter cabos do que os auscultadores e os sistemas dedicados suportados por esse cuidar do timbre que o TD demonstra. Assim, que com a cablística se corrijam as gravações, abre todo um mundo de exploração entre a filosofia de gravação da Decca, Phillips, ECM e 2L (p. ex.) e, cabitos adequados para cada uma delas; ...
Compreendo perfeitamente o "modo de provocação" e também compreendo a pertinência do que diz depois ... mas, mesmo nos clubes audiofilos que eu frequentei havia os que passavam a reunião com o ferro de solda e o multimetro na mão, os que a passavam sentados a ouvir a voz do Alfred Deller e aqueles que discutiam de cabos, condensadores ou vàlvulas NOS com um cigarrito e copo na mão! Todos vivemos a "audiofilia" à nossa maneira...
O ditado diz ném oito ném oitenta ... isto deixa-nos 72 numeros pelo meio sobre os quais podemos discutir sém cair na sistematisação do excesso
Rstuyvesant escreveu:
... Por isso uma provocação: quando vos descrevi o meu sistema, os caríssimos não ligaram nenhuma ao que de mais importante nessa descrição estava, ora façam o favor de lhe conceder um pouco da vossa atenção: Miles Davis - Ascenseur Pour L'echafaud.
Em resposta à sua provocação, diria que o sentimento de estar num Elevador para o Patíbulo é algo que senti em certos momentos neste topico
Mais a sério, penso que um dos problemas dos audiofilios e tanto no aspecto técnico que no aspecto sensitivo é de resumir a musica ao som! A distorção, os graves, a banda, o palco e etc são aspectos importantes na reprodução da musica mas que não cristalisam toda a sua essência. Se a musica estivesse complétamente no centro dos nossos interesses e fosse vista como um todo ... os cabos e os osciloscopios jà estariam arrumados e estariamos a falar de outras coisas...
Poderiamos, por exemplo, dizer que nesse album que o amigo Rstuyvesant cita o quinteto do jovém Miles (sém o Coltrane que tocava com "deus" nessa época) criou uma das obras seminais do Jazz modal! Dificil de encontrar musica mais "coolissima" e ao mesmo tempo tão "ansiogénica" sendo este paradoxo um dos segredos da sua imortalidade nmho. Tudo isto quase sém preparação, com muita improvisação e com extractos do filme a desfilar à frente deles. Uma das obras do Miles mais "livre" e paradoxalmente uma das mais dificeis de acesso pois pela sua abstração ele prefigura o post-bop. Os americanos téem um nome para isto que é "Groundbreaking" e aqui é complétamente merecido...
Poderiamos também dizer que obras como essa e muitissimas outras, mereçem o nosso esforço para que sejam reproduzidas com todas as nuances subtilidades que as compoém, para que a sua "vibração" nos faça vibrar ... e se for um cabito o elemento que ajude nessa metamorfose, alors tant pis
Rstuyvesant Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Fev 20 2021, 16:04
Amigo, TD124, bien sur.... venha de lá esse copito acigarrado.
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Fev 20 2021, 16:18
Rstuyvesant escreveu:
Amigo, TD124, bien sur.... venha de lá esse copito acigarrado.
TD124 Membro AAP
Mensagens : 8270 Data de inscrição : 07/07/2010 Idade : 59 Localização : França
Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Fev 20 2021, 16:57
neo_2018 escreveu:
... Em suma, IMO, é indiferente o tipo de sistema (stereo ou multi-canal), desde que devidamente suportado por colunas em condições, e cuja interacção com o espaço seja assegurado ou pelo tratamento do espaço, e/ou aplicação correcta de DSP.
Estamos de acordo no global e como eu disse desde o começo da minha intervenção: Penso que se ambos partilham de bases semelhantes, isto incluindo a sala, os resultados devem ser igualmente semelhantes...
Aonde não estamos de acordo é no enfase em relação às colunas! Eu vejo o sistema como um todo e mesmo se reconheço que a coluna é o elemento mais fraco, sempre foi, penso que nenhum elo pode ser desleixado ... o meu raciocinio é sempre virado para o "sistema" e não para um "elemento"!...
TD124 escreveu:
De um lado porque isso seria limitar a reprodução musical à banda de frequências o que é muito limitante e deixa de lado a dinâmica, o palco, a transparência, a definição, o relevo, a rapidez, os timbres, a coerência e etc que são igualmente necessarios para uma reprodução musical de qualidade ... a musica tém de ser vista como um todo!...
neo_2018 escreveu:
... Todas essas caracteristicas dependem em ultima análise da capacidade das colunas de reproduzir com exactidão o sinal que estão a receber, colocando, mais uma vez, a enfase nas ... (adivinhe-se) ... colunas ...
Porque as colunas são o elemento fraco de um sistema e aquele que converti a energia eléctrica em vibração sonora ... voçê esqueçe que para que funcionem o melhor possivel é necessario uma fonte que possa extrair todos esses elementos da gravação e que com um minimo de perda os comunique a um amplificador que com um minimo de perda os comunique às colunas ... por isto chama-se um sistema!
Reconheço que pelo estatuto de "elemento fraco" elas possam mereçer uma atenção especial ... mas não toda
neo_2018 Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Fev 20 2021, 17:25
TD124 escreveu:
... voçê esqueçe que para que funcionem o melhor possivel é necessario uma fonte que possa extrair todos esses elementos da gravação e que com um mínimo de perda os comunique a um amplificador que com um minimo de perda os comunique às colunas ... por isto chama-se um sistema!
Eu não me esqueço do resto do sistema, simplesmente o nível de electrónica dos dias de hoje tornam-no num não assunto, até um simples AV tem condições suficientes para descodificar todo o tipo de sinais e conduzir de forma excelente umas colunas com sensibilidade na casa dos 92db.
Um hipotético exercício, para um orçamento de 5000€.
Sistema 1 - 2000€ - Colunas, 2000€ subwoofer, 1000€ Amplificador AV com Dirac ou outro sistema equivalente. Sistema 2 - 1000€ Power, 1000€ Pré + 1000€ DAC, 1000€ cabos + interconnects + etc + 1000€ colunas.
Eu apostaria que o Sistema 1 irá ter um desempenho infinitamente melhor do que o sistema 2, em topo o tipo de géneros musicais reproduzidos.
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Fev 20 2021, 18:20
neo_2018 escreveu:
... Um hipotético exercício, para um orçamento de 5000€.
Sistema 1 - 2000€ - Colunas, 2000€ subwoofer, 1000€ Amplificador AV com Dirac ou outro sistema equivalente. Sistema 2 - 1000€ Power, 1000€ Pré + 1000€ DAC, 1000€ cabos + interconnects + etc + 1000€ colunas.
Eu apostaria que o Sistema 1 irá ter um desempenho infinitamente melhor do que o sistema 2, em topo o tipo de géneros musicais reproduzidos.
Caro neo_2018 ... isso é um hipotético exercicio, para um hipotético sistema com uma hipotética analise no fim! Como ném sequer estariamos de acordo sobre a maneira de determinar esse "desempenho infinitamente melhor" ficariamos ambos na nossa! Li o seu artigo sobre os Bass-Myths e chegou-me para compreender até que ponto cada um tira a brasa à sua sardinha e tenta esquivar os problemas ... ficou-me esta afirmação:
Myth: Bass Speed_Subwoofers are Fast / Slow (...) What's most important about this myth is that speed is an inappropriate concept of sound quality.
Como é possivel de afirmar que a rapidez de resposta (velocidade ou rapidez) não é uma das qualidades que definem o bom som?... esse rapaz nunca escutou com auscultadores ou colunas electroestàticas ou quê?...
Compreendo que os electronicos não se compreendam com os electroacusticos e vice-versa! No meu mundo o "tempo real" é sinonimo da velocidade dos electrões e a reprodução de um sinal quadrado é possivel ... isso jà se torna complicado para uma célula, um microfone ou uma coluna electrodinamica! È normal pois uma bobine associada a uma massa em movimento téem peso e inercia ... e isto determina em parte a velocidade de resposta.
Negar que essa velocidade de resposta é um dos elementos que permite de melhor reproduzir o jogo de contrabaixo do Ray Brown ou o jogo de mão esquerda de um pianista (isto para falar que dos graves) pareçe-me incrivel...
Acho que é tempo de separar som e musica porque senão nunca ninguém vai se entender e ao mesmo tempo chegou a hora de passar a um protocolo de medida essencialmente dinâmico e não estàtico como até agora ... talvez possamos falar ambos de "desempenho" dando-lhe o mesmo valor semântico
neo_2018 Membro AAP
Mensagens : 407 Data de inscrição : 10/09/2018 Idade : 49
Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Fev 20 2021, 18:45
TD124 escreveu:
... isso é um hipotético exercicio, para um hipotético sistema com uma hipotética analise no fim!
Como referi, "eu apostaria", ou por outras palavras, é apenas a minha opinião, vale o que vale
TD124 escreveu:
... esse rapaz ...
Esse "rapaz" é o Josh Ricci, um dos mais reconhecidos profissionais na área, não me leve a mal se lhe atribuir mais peso do que a qualquer um dos estimados colegas deste e de qualquer outro renomado forum
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Fev 20 2021, 20:12
neo_2018 escreveu:
TD124 escreveu:
... esse rapaz ...
Esse "rapaz" é o Josh Ricci, um dos mais reconhecidos profissionais na área, não me leve a mal se lhe atribuir mais peso do que a qualquer um dos estimados colegas deste e de qualquer outro renomado forum
Não o levo a mal e encorajo-o mesmo a duvidar de todos e incluso desse senhor ou rapaz pois hà algo que pratico que é de nunca eudeusar o "conhecimento" e ainda menos o "professor"!Ni Dieu ni maître ... como diziam uns rapazes dos finais do século XIX
Rstuyvesant Membro AAP
Mensagens : 197 Data de inscrição : 16/07/2013
Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Fev 20 2021, 22:33
Caro_Neo_2018
Subscrevendo o que o amigo TD escreveu, passo a ilustrar:
Se concordo com o "rapaz" nestas linhas: "Another important concept along this line of thinking is that a subwoofer with deeper extension will tend to sound slower than a unit with less extension. This should not be surprising. The deepest frequencies are the longest and slowest to develop. If you are not used to very deep frequencies being reproduced it may sound less accurate or slow, but in reality the sub with deeper extension is reproducing content that the less extended unit is simply not producing well or at all. The fastest sounding bass is when there is no bass." E julgo que todos os amantes do som deveriam passar por educar essa experiência psicoacústica (pois julgo que muitos não têm experiência do que é conviver com um sistema fullrange).
Por outro lado... 1) "The fastest sounding bass is when there is no bass". Que raio? Estará a confundir o grave com o infra-grave? 2) Citando o "rapaz", novamente: "Remember most subs are < 1% efficient meaning that 99% of the power applied to the coil is turned into heat. A voice coil that can survive dissipating 990 watts of heat buildup over a long period is going to be very rare indeed. Duration of the signal is key. Most subs will handle many times more than their power rating for a brief moment such as a kick drum hit. That same amount of power applied for 30sec continuously could burn the coil out easily."
a) Aqui dá o exemplo de um bombo de bateria como exemplo de frequência grave. Ora o speed de reprodução desse instrumento não será um apropriado conceito para a sound quality?
b)Outra vez o "rapaz": "That same amount of power applied for 30sec continuously could burn the coil out easily." Então temos de venerar os JBL e HK audio a reproduzirem em concerto bem mais do que trinta segundos, por exemplo, o duplo bombo dos Dream Theater.
neo_2018 Membro AAP
Mensagens : 407 Data de inscrição : 10/09/2018 Idade : 49
Assunto: Re: Bi-cablagem Dom Fev 21 2021, 00:38
A partir do momento que se fala do Josh Ricci nesses termos, perde-se simplemente toda a credibilidade. O Josh Ricci é "apenas" a maior referência em termos de avaliação de subwoofers nos USA, e coopera normalmente com marcas como a SVS, JTR, DeepSeaSound, Funk Audio, Mark Seaton, etc.
Este tópico promete: já foram desconsiderados nomes como Tom Christiansen, Amir Majidimehr e agora Josh Ricci. Estou com esperanças que mais umas páginas e "rapazes" como Floyd Toole, Earl Guedes, etc, ainda vão ser chamados de ignorantes e de não perceberem nada do que estão a dizer
Rstuyvesant Membro AAP
Mensagens : 197 Data de inscrição : 16/07/2013
Assunto: Re: Bi-cablagem Dom Fev 21 2021, 09:08
Caro Neo_2018
Havendo aqui pessoas que desenvolvem um raciocínio crítico consequente, então esses senhores que refere, ao contrário do que afirma, foram considerados. E de tal forma o foram que cada um de nós tem contribuído para a exigência dos considerandos... deles e dos nossos. Compreendo que possa não lhe fazer sentido o convite que o amigo TD124, sabiamente, lhe endereçou. Mas devolvo-lhe o mesmo da seguinte forma: considere sempre perigoso quando a fé cria opacidade à racionalidade honesta.
P.s: Claro que poderia ter simplesmente escrito, que o caro Neo está a revelar-se um objectivista com fé, o que não sendo, necessariamente, uma contradição, obriga a uma especial exigência racional para respeitar e ser respeitado.
Rui B. Membro AAP
Mensagens : 125 Data de inscrição : 04/11/2015
Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Mar 06 2021, 00:04
E já com os Mogami com rodagem razoável, diria que: - O som ficou mais amigo dos tweeters das B&W - O detalhe aumentou - Há um 3D em crescendo - Passou a ser audível nas colunas (mui mui perto) um ground loop - será? que não existia de todo - não chateia, mas está lá e não estava - Se monocablar o coiso loop desaparece. O detalhe reduz em alguma musica, noutras é igual - Se monocablar o 3D perde-se em alguma musica, noutras é igual
Bom fim de semana
jpinto e Alexandre Vieira gostam desta mensagem
Alexandre Vieira Membro AAP
Mensagens : 8560 Data de inscrição : 11/01/2013 Idade : 54 Localização : The Other Band
Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Mar 06 2021, 12:40
Rui B. escreveu:
E já com os Mogami com rodagem razoável, diria que: - O som ficou mais amigo dos tweeters das B&W - O detalhe aumentou - Há um 3D em crescendo - Passou a ser audível nas colunas (mui mui perto) um ground loop - será? que não existia de todo - não chateia, mas está lá e não estava - Se monocablar o coiso loop desaparece. O detalhe reduz em alguma musica, noutras é igual - Se monocablar o 3D perde-se em alguma musica, noutras é igual
Bom fim de semana
Obrigado pela Partilha!
De facto esses Mogami têm-se revelado um excelente binómio no que ao preço-qualidade diz respeito!
TD124 Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Sáb Mar 06 2021, 13:03
Alexandre Vieira escreveu:
Rui B. escreveu:
E já com os Mogami com rodagem razoável, diria que: - O som ficou mais amigo dos tweeters das B&W - O detalhe aumentou - Há um 3D em crescendo ...
...De facto esses Mogami têm-se revelado um excelente binómio no que ao preço-qualidade diz respeito!
È agradàvel de ver pessoas falar da sonoridade que "séntém" alternando os cabos, sém medo ném complexos pois assim deve ser o "direito à diferença"! Adiciono a esses Mogami um cabo de colunas do qual gosto muito que é o CANARE 4S11 ... utilisado em cruzado ele tém um diametro de condutores de 4mm² que é mais que suficiente e custa nos 5€ o metro
O Belden 9497 também é um cabo do qual gosto muito e baratissimo mas ... alguns transistores não gostam dele e começam a ter agudos que soam lindissimos, sinal de micro-oscilação
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jpinto Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Seg Mar 08 2021, 01:33
Rui B. escreveu:
E já com os Mogami com rodagem razoável, diria que: - O som ficou mais amigo dos tweeters das B&W - O detalhe aumentou - Há um 3D em crescendo - Passou a ser audível nas colunas (mui mui perto) um ground loop - será? que não existia de todo - não chateia, mas está lá e não estava - Se monocablar o coiso loop desaparece. O detalhe reduz em alguma musica, noutras é igual - Se monocablar o 3D perde-se em alguma musica, noutras é igual
Bom fim de semana
Viva Rui,
Como está a fazer os pares no lado do amplificador? (Laranja+Castanho) e (Vermelho+Amarelo)?
Também já me chegaram os Mogami W3104 mas ainda não tive tempo para pegar neles.
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Rui B. Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Ter Mar 09 2021, 20:55
Viva,
Ops! que as cores não sei...mas estou a fazer cruzado como a Mogami propõe no site -1-3 /2-4:
"Connecting the conductors as diagonal pairs greatly reduces mutual inductance, even though cross-talk interferance is negligible"
Sinceramente não testei 1-2 / 3-4 o que daría valores de capacitância mais elevados (roll-off em altas frequências?? até sería simpático em alguma música - e o resto?? também não sei) nem entendo muito bem a parte final da frase "even though cross-talk interferance is negligible"
No entanto, agora que fala nisso, vou puxar da pipeta
Última edição por Rui B. em Ter Mar 09 2021, 22:15, editado 1 vez(es)
Rui B. Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Ter Mar 09 2021, 22:15
Espreitando lá para trás temos laranja - vermelho e amarelo - castanho (confere 1-3 e 2-4). Cruzado portanto.
Troquei entretanto para 1-2 e 3-4. Para já não noto nada... Mas já agora vamos esperar
jpinto Membro AAP
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Assunto: Re: Bi-cablagem Qua Mar 10 2021, 00:31
Viva,
No meu cabo tenho
1 - Laranja 2 - Vermelho 3 - Castanho 4 - Amarelo
Visto da outra ponta como é lógico roda ao contrário.
Numa pesquisa que fiz antes de comprar lembro-me que encontrei quem tenha as cores de forma diferente.
No site da Audiophonics na foto aparecem as fichas Vermelhas nos cabos Vermelho e Laranja e as fichas brancas nos cabos Castanho e Amarelo, ou seja como tinha originalmente.
Para uso em cabos de coluna e ainda por cima em bicablagem não creio que a geometria de Star-quad tenha alguma influência. Sem ser em bicablagem já pode ter alguma influência na redução de alguma interferência externa.
Logo que tenha algum tempo vou instalar o cabo e coloco o resultado das minhas audições.
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Rui B. Membro AAP
Mensagens : 125 Data de inscrição : 04/11/2015
Assunto: Re: Bi-cablagem Qui Mar 18 2021, 21:22
Confirma-se, independentemente do "cruzamento" como a Mogami propõe , não consigo ouvir diferença.
Talvez, mas só talvez, sem cruzar é possível que em algumas músicas haja algum roll off de agudos no meu sistema (coisa que ando a tentar dominar há já algum tempo).